quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sopa de grão com abóbora (versão rápida)

Esta sopa foi inspirada em sabores da infância e adaptada aos nossos dias. Comecei por colocar ao lume um pouco de azeite com cebola picada. Juntei depois um alho picado e uma folha de louro. Logo de seguida, sem deixar alourar, adicionei água com 1 caldo de ervas da Provença que comprei no BRIO. Juntei depois abóbora cortada em cubos não muito grandes e dois bocadinhos de chouriço. De seguida adicionei uma lata de grão já cozido e umas bolas de espinafres congelados. Dexei ferver cercade de 10 minutos e por último adicionei a massa (integral), respeitando os tempos de cozedura recomendados. Ficou uma sopa muito gostosa e rápida de preparar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Professora gulosa e alunos com competências inesperadas

Por esta altura do ano faço sempre umas saídas de campo a Sintra/Cascais com os meus alunos. Criámos mesmo a tradição de tirar uma fotografia numa determinada pedra, situada na Peninha. Este ano fui surpreendida no dia seguinte, já em laboratório, com um bolo realizado por um aluno e alusivo a alguns dos locais visitados. Uma homenagem que me deixou emocionada pelo que significa de carinho pelo grupo de docentes que os acompanhou na semana intensiva de trabalhos de campo. São momentos doces como este que compensam muitas outras frustrações.


domingo, 20 de novembro de 2011

Salmão glaceado ou apenas o minimalismo à mesa?

Quando as semanas e os dias passam a ritmo acelerado fica o desejo de chegar ao fim-de-semana, ou apenas ao final do dia, e ter garantida uma refeição simples. Incluo neste conceito de "simples" não só a que tem poucos ingredientes como aquela em que o tempo de preparação é reduzido face ao resultado que se consegue.

Assim aconteceu com este salmão. Desta vez comprado no mercado em postas avantajadas. Para o temperar comecei por misturar 2 colheres de sopa de molho de soja baixo em sal, 1 colher de sopa de vinagre balsâmico e outra de geleia de agave. Pincelei o peixe e coloquei na assadeira, salpicando-o ao mesmo tempo com flor-de-sal. Por último, reguei com um fio de azeite e deitei por cima folhas de alecrim. A acompanhar as postas de salmão coloquei batatas previamente cozidas, que tinham sobrado de outra refeição.

Nota: o tempo de cozedura foi de cerca de 15 a 20 minutos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Trilobites doces e outras delícias geológicas (Arouca)



Como referi na entrada anterior Arouca é sede de um Geopark onde para além de muitos outros motivos de interesse se destacam as trilobites (fósseis do Paleozóico) e as "pedras parideiras" (granitos com nódulos de biotite). Foi exactamente este o tema que serviu de lanche a um coffee break matinal. Toda a doçaria colocada sobre uma mesa de granito e ao lado de uma lareira acesa tinha por base a geologia local. As "pedras parideiras" é possível encontrá-las nas boas pastelarias de Arouca, quanto às trilobites parecem que só as fazem por encomenda.




domingo, 13 de novembro de 2011

Um chá no Mosteiro de Arouca


Esta semana, motivos de trabalho levaram pela primeira vez a Arouca, vila que a criação do Geopark de Arouca tem ajudado a dinamizar. Desta vez foi local de realização de um congresso internacional de geoturismo. Foi nesse contexto que tive a possibilidade de apreciar uma série de iguarias que me deixou com muita vontade de regressar para uma estadia mais longa. Enquanto isso não acontece retenho a enorme simpatia de todos os que nos receberam e a excelente qualidade da doçaria.

Esta casa de chá foi montada na antiga botica do convento, local onde se realizou o congresso. Era o espaço propício para uma conversa mais destendida entre colegas ou para um pequeno descanso a meio da manhã ou da tarde. A cor base era o "verde claro", designação que também dá nome a uma marca de compotas comercializada já em lojas gourmet.



A infusão que aqui bebemos é uma mistura mágica desenvolvida pela Maria Clara, que além de várias ervas contém pétalas de flores. Deliciosa! Foi saboreada num espaço acolhedor, acompanhada de quadrados de bolo de chocolate, de doce de leite e de limão com coco. Fresquíssimos, numa harmonia total a que se seguiu uma prova de compotas que vieram para a minha cozinha em frasquinhos cobertos com uma chita de florzinhas rosa com folhas verde claro. Ainda trouxe mais uma caixa de bolos, porque a Maria Clara todos dias fazia bolos frescos e não queria aproveitar os do dia anterior. Claro que depois de tudo isto ficou uma enorme vontade de regressar a Arouca.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Raia de caldeirada com uma pequena dissonância

A minha relação com o peixe é complexa. Os ódios e as paixões sucedem-se no tempo. Desconfio das texturas e dos odores. Excepção feita ao bacalhau e ao linguado espécimes em relação às quais não alimento reservas. Mas apesar deste clima de suspeita por vezes gosto de ir até ao mercado de Algés, comprar peixe. Foi o que aconteceu no sábado passado em que resolvi comprar raia para satisfazer o meu marido, que nos seus tempos de estudante, em França, comia com frequência este peixe. Pedi uns conselhos à peixeira sobre formas de cozinhar a raia e ela referiu a possibilidade de fazer uma caldeirada, cujo molho poderia engrossar com fígado do animal. Achei a ideia excelente. Pensei logo nos ómega 3 que ficariam a boiar no líquido. Tão saudáveis! Só não me lembrei de um problema importante - o cheiro, o horrível cheiro.

A confecção da raia, que em termos de paladar até estava gostosa, transformou-se num episódio trágico-cómico que exigiu a intervenção de grandes quantidades de spray de alfazema, para "purificar" o ar. Parecia que tinha derramado um frasco de óleo de fígado de bacalhau na cozinha. Depois, o odor forte espalhou-se pela casa. O meu marido protestava, como era possível eu ter colocado fígado no molho. Uma raia que poderia estar tão gostosa se não fosse este pequeno pormenor. Um peixe que nem costuma ter cheiro, dizia-me ele, enquanto se apressava a tapar o tacho! Enfim, hoje a tragédia terminou com os restos a irem para o lixo, porque tive consciência que eu não resistiria às moléculas que surgiriam de imediato na atmosfera da minha cozinha, caso me atrevesse a aquecer a raia e o respectivo molho. Não sei mesmo se o casamento não ficaria em perigo. Pelo menos eu seria ameaçada com uma ida de emergência ao restaurante mais próximo. De qualquer forma deixo-vos a base da receita e aconselho-as vivamente a não adicionarem os "maus" fígados da raia ao molho.

Comecei por fazer um refogado com 2 cebolas grandes às rodelas e azeite. Deixei alourar lentamente e depois juntei 1 folha de louro, três dentes de alho fatiados e 2 cravinhos. Posteriormente, adicionei uma lata pequena de tomate aos bocados, umas rodelas de chouriço, um pouco de pimento lampião, alguns filamentos de açafrão, sal e vinho branco (Bucelas). Deixei ganhar sabor e no final coloquei a raia já salgada (30 minutos) cerca de 10 minutos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Travesseiros com farinha de trigo integral (aproveitamentos de peru)


Esta receita é uma variante de outra que faço bastantes vezes para aproveitar restos de carne. Neste caso utilizei farinha de trigo integral (250 g) e 100 g de margarina vegetal que esfarelei juntamente à farinha. Adicionei a seguir 1 ovo, sal e água fria até obter a consistência adequada. Fiz uma bola e coloquei no frigorífico durante 30 minutos. Depois foi só estender e rechear com umas sobras de bifinhos de peru a que adicionei um pouco de caril em pó para avivar o sabor.

Antes de irem para o forno pincelei os travesseiros com gema de ovo. O tempo de exposição ao calor foi de cerca de 15 minutos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bacalhau com crosta de milho

Dar novo visual a umas sobras de bacalhau, couve-portuguesa e cenouras cozidas foi um os objectivos esta receita. Não me apetecia fazer refogados nem molho béchamel, por isso a opção foi a crosta de milho.

Coloquei os restos numa taça de ir ao forno, partidos aos bocadinhos. Depois coloquei aproximadamente 2 latas de milho no copo triturador, juntando um pouco de creme de arroz para cozinha. Também poderia ter sido leite ou mesmo natas. Transformei em puré e em seguida adicionei 1 ovo e queijo parmesão até obter um creme espesso que coloquei em cima dos restantes ingredientes. Levei ao forno cerca de 20 minutos e no final liguei o grill para tostar um pouco a parte de cima.