quarta-feira, 31 de março de 2010

O caril da Babette


Finalmente chegou hoje o dia de experimentar o caril da Babette. Primeiro tive de juntar todos os ingredientes, para o preparar nas devidas condições, isto é, sem excessos de criatividade que poderiam desvirtuar a receita. Vou repetir a receita, mas aconselho-os a consultarem-na na sua versão original. Para o efeito utilizei: 3 cebolas picadas, 2 dentes de alho também picados, 2 colheres de sopa de azeite (houve aqui uma pequena alteração!), 1 caldo de galinha, 1 lata de leite de coco, 1 lata de tomate, 3 colheres de sopa de polpa de tomate e 2 colheres de caril da marca aconselhada pela Babette. Comecei por fazer um refogado com a cebola, o alho e o azeite a que adicionei depois os restantes elementos. Utilizei pernas de frango que deixei cozer neste caldo durante 20 minutos. Ficou um caril delicioso, totalmente aprovado! No final, como não tinha salsa coloquei coentros picados e, como também me esqueci do pão Naan, fui obrigada a fritar uns paparis de cominhos.

Tarte de maçã

Esta foi a única sobremesa que fiz no meu aniversário pois os meus convidados insistiram em trazer outras sobremesas para não me sobrecarregarem de trabalho nesse dia. É uma tarte de maçã que costumo fazer e que foi "copiada" de um pequeno estabelecimemento de catering perto do Príncipe Real, em Lisboa, onde eu e os meus colegas costumávamos ir almoçar muitas vezes.
Para a massa uso: 300 g de farinha, 200 g de manteiga, 2 gemas de ovo e 4 colheres de sopa rasas de açúcar (desta vez usei açúcar amarelo). Começo por amassar a farinha com o açúcar e as 2 gemas de ovo e, por fim, junto a manteiga derretida no microondas. Reservo na geleira enquanto preparo resto da receita.
Para o recheio: 5 maçãs reineta grandes, 1 pau de canela e uns "pozinhos" de açúcar.
Descasco as maçãs e parto-as em pedacinhos. Vão ao lume numa panela com o pau de canela, o açúcar e um pouquinho de água no fundo da panela pois a maçã vai desidratando durante a cozedura. Com a colher de pau vou esmagando as maçãs cozinhadas para as reduzir a puré.
Forro uma forma de bolos (sem buraco) com fundo desmontável e levo ao forno cerca de 10 minutos dando uns golpezinhos com o garfo para a massa não crescer. Coloco por cima a papinha de maçã e enfeito com 2 maçãs "golden"cortadas em fatias finas. Por fim, pincelo estas maçãs com 1 ovo batido com uma colher de sopa de açúcar. Fica em forno médio até as fatias de maçã tomarem a cor desejada.
Esta tarte é umas das preferidas do meu marido e, desta vez, não foi excepção o elogio à referida sobremesa.

terça-feira, 30 de março de 2010

Gelatina de iogurte grego e queijo roquefort (salgada)


Desta vez, resolvi fazer uma gelatina com iogurte grego e queijo roquefort, para servir de entrada. O método de preparação foi muito simples. Durante 5 minutos coloquei a ferver 1/4 de litro de leite magro e 1 colher de chá cheia de gelatina agar-agar. Fui mexendo regularmente. À parte, misturei uma embalagem de iogurte grego (magro) com um pouco de queijo roquefort, o qual desfiz antes com um garfo. A quantidade deste último creme também foi aproximadamente 1/4 de litro. Misturei os dois liquidos e coloquei o creme final em formas previamente passadas por água fria. Servi as gelatinas acompanhadas com salada de rúcula, temperada com óleo de sésamo torrado, salpicando-as depois com uns pinhões.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Gelado de banana com canela e Vinho do Porto


Quando vi esta receita no blogue da Fer fiquei encantada com a simplicidade e o excelente aspecto, por isso coloquei-a logo na minha lista de prioridades. Como acho que a banana liga muito bem com canela, especiaria de que gosto de usar e abusar na cozinha, resolvi adicioná-la à receita e dar-lhe também um pequeno aroma a Vinho do Porto.
Na primeira fase da preparação deste gelado cortam-se 4 bananas maduras em rodelas de aproximadamente 3 cm de altura e colocam-se no congelador em cima de uma prancha de cozinha, separadas umas das outras. Depois de congeladas é só colocá-las gradualmente num copo de batidos até se obter uma consistência cremosa como se observa na fotografia. Por último, adicionei 1 colher de chá de canela e igual quantidade de Vinho do Porto. Ainda tenho um resto do gelado no congelador e posso dizer que se tem mantido bastante bem.

sábado, 27 de março de 2010

Uma fatia de bolo (virtual) para a Paula


Esta fatia de bolo é dedicada à minha colega de blogue - a Paula, que faz hoje anos. Pode parecer uma maldade fazer um bolo, comê-lo, e, a homenageada nem o chegar a provar. Mas nós as duas estamos já habituadas a lidar com espaços virtuais onde tudo isto é normal, por isso estou certa que a Paula me vai desculpar. Por outro lado, também sei que ela anda sempre à procura de receitas sem glúten, que é o caso desta, a qual encontrei no Dulcis in furno. Trata-se de um bolo de chocolate com batata e pinhões.
Como ingredientes utilizei 1 kg de batatas, 100 g de chocolate negro, 40 g de manteiga, 100 g de açúcar mascavado, 3 ovos, 40 g de pinhões e a casca ralada de 1 limão. Comecei por cozer as batatas com pele. Depois descasquei-as e reduzi a puré. Por outro lado, derreti o chocolete com a manteiga no microondas. Juntei todos os ingredientes e deitei a massa, que fica bastante espessa, numa forma bem untada de margarina e depois polvilhada com maizena. Esteve no forno cerca de 40 minutos. O bolo fica com uma textura bastante húmida.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pescada "escondida"


A minha relação com o peixe não é muito pacífica. Estou constantemente a ser acusada de “assassinar” (duplamente!) o peixe, quando em casa ou nalgum restaurante me atrevo a escolher um exemplar grelhado ou assado. Começam logo por olhar para mim com ar crítico, imaginando à partida o estado deplorável em que eu vou deixar o animal, isto é, não aproveitando as suas polpas e sucos até ao último infinitesimal de matéria. Por sua vez, quando termina o que o meu marido designa pelo martírio das espécies piscícolas, surge sempre um empregado que antes de levantar o prato me pergunta com ar suspeito se o peixe não estava bom. Acreditem, que esta cena faz parte do meu dia-a-dia. Mas como tudo na vida, tem uma justificação!

A minha infância foi passada em África e muitas vezes em terras do interior onde não existiam hospitais, por isso fui educada a não comer as barrigas nem as cabeças dos peixes, evitando deste modo problemas provenientes da ingestão de alguma espinha. Confesso que ainda hoje não consigo ultrapassar este hábito (trauma), lamentável no dizer do meu marido. Por isso fujo (literalmente!) dessas ameaçadoras peças cartilagíneas e esqueléticas.

É neste contexto que surgem receitas como esta - pescada "escondida", cujos métodos de preparação também não foram os mais tradicionais. Comecei por fazer um refugado com azeite e uma cebola picada a que juntei duas folhas de louro. Depois adicionei a polpa de quatro postas de pescada, já sem pele nem espinhas, mas ainda cruas. Confesso que foi por preguiça que não dei uma fervura prévia ao peixe, o que certamente teria facilitado o retirar das polpas. Adicionei ao mesmo tempo do peixe um pouco de vinho branco e 1 colher de chá de curcuma (açafrão-das-Índias). Deixei apenas cozinhar o peixe. À parte, cozi batatas às rodelas de 0.5 cm, mas deixando-as ainda um pouco cruas. Num prato de ir ao forno, barrado com margarina, coloquei uma camada de batatas e a seguir o peixe, terminando com nova camada de batatas, desta vez tendo o cuidado de formar uma espécie de escamas. Por cima deite um molho bechamel feito com azeite a que juntei no final uma colher de SAVORA. Levei ao forno cerca de 20 minutos e já no final polvilhei com queijo parmesão ralado. Nota: embora não refira o sal, este foi adiocionada, em quantidades moderadas, nas várias fases da preparação.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Coelho no forno


Para variar resolvi preparar uma receita de coelho, a partir de três pernas que tinha comprado já numa embalagem. Comecei por fazer um creme com uma mistura em partes iguais de massa de pimentão, SAVORA (condimento de mostarda) e um molho que comprei em Espanha, que é por sua vez uma mescla de vinagre balsâmico e vinagre de Xerez. Barrei com este creme as pernas de coelho. Coloquei-as no centro de uma assadeira de barro preto de Bisalhães, envolvendo-as lateralmente com uma camada de batatas fatiadas. Estas últimas eram de excelente qualidade. Vieram da região de Nelas e foram-me oferecidas por uns tios. Coloquei por cima alecrim dentes de alho esmagados, mas com a casca rosa, um pouco de vinho tinto na base para não secar muito e ficar com algum molho, e, por último, reguei com azeite. Esquecia-me de referir que salpiquei as batatas com um pouco de flor-de-sal. Depois levei ao forno aproximadamente 50 a 60 minutos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Biscoitos de sementes de sésamo torradas


Encontrei num blogue uma receita de bolachas de sésamo, que segundo referiam é uma especialidade da Carolina do Sul, a qual resolvi adaptar ao paladar português, transformando-as em biscoitos.
Utilizei nestes biscoitos os seguintes ingredientes: 1 chávena de chá de sementes de sésamos que eu própria torrei numa frigideira, para ficarem mais aromáticas, 1/2 chávena de açúcar mascavado, 1/2 chávena de azeite, 1 e 1/2 chávenas de farinha, 1 colher de chá de fermento, 1 colher de chá de essência de baunilha, 1 colher de chá de canela, 2 colheres de sopa de sumo de limão, 1 iogurte magro e 1 ovo. Depois de misturar bem todos os ingredientes obtive um crme espesso que coloquei em colheradas num tabuleiro forrado de papel vegetal antiaderente. É importante deixar algum espaço entre os biscoitos, porque eles crescem um pouco. Ficaram no forno cerca de 10 a 15 minutos e depois coloquei-os a arrefecer sobre uma rede para bolos.

Pêras rocha no forno com pinhões


Mesmo quem necessita de fazer uma certa dieta sente necessidade, com frequência, de uma sobremesa. Por isso, tento muitas vezes adaptar receitas para que possam ser comidas sem a sensação de se estar a infringir muitas regras. Acho que na nossa sociedade nos culpabilizamos excessivamente por tudo o que nos acontece em termos de saúde, atribuindo uma série de problemas a uma dieta incorrecta. Claro que teremos algumas responsabilidades, mas não todas. E também é preciso ter algum grau de satisfação com a alimentação. No caso desta receita ela pode ter duas versões: uma mais normal e outra um pouco mais fundamentalista.
Comecei por descascar e cortar em fatias 4 pêras-rocha que coloquei numa tarteira tal como se o objectivo fosse o de fazer uma tarte. Por cima, juntei pequenas nozes de margarina, polvilhei com açúcar amarelo e reguei com um pouco de rum. Por fim, salpiquei as pêras com pinhões e levei ao forno. Numa versão mais light, pode perfeitamente retirar-se o açúcar, porque as pêras já têm bastante, assim como o rum. Relativamente à margarina, nesta última versão, eu optaria apenas por untar a tarteira. Mais simples é difícil de conseguir, mas o efeito visual é atraente e esse é um aspecto que sempre valorizei.

terça-feira, 23 de março de 2010

Filetes de solha envoltos em alho-francês

Um dos alimentos que maiores desafios me coloca em termos de criatividade - é o peixe. É muito mais difícil preparar qualquer prato de peixe do que utilizar outros ingredientes. Esta receita é uma mistura de algumas técnicas que vi num programa de televisão, somada a alguma inspiração de momento!

Comecei por dar uma fervura de 5 minutos nos talos verdes de 4 alhos-franceses de cultura biológica, cujas partes brancas já usei numa sopa. Depois desta fervura, e, com muito cuidado, fui abrindo as folhas. Isto é, cortei a parte de cima e depois soltei-as de um lado e de outro até ficar com uma placa. Fui empilhando as placas. Deste processo sobraram-me os interiores dos talos ainda com parte branca que cortei aos bocadinhos e misturei com 1 colher de sobremesa de Savora (condimento de mostarda). Transformei esta mistura num creme homogéneo, adiocionando-lhe de seguida um pouco de azeite, para ficar uma espécie de maionese verde.

Salpiquei os filetes de solha apenas com sal de um dos lados e do outro foram barrados com o creme. Depois enrolei-os. Sobre a tábua de cozinha coloquei as "folhas" de alho-francês, umas em sentido horizontal e outras em sentido vertical, de modo a ficar com um quadrado, colocando depois no meio o rolo de peixe. Embrulhei o peixe, dando o formato que se vê na figura. Coloquei os quatro embrulhos num tabuleiro revestido de papel vegetal, e, com um pouco de azeite, que levei ao forno durante 20 minutos. Também untei o alho-francês com azeite para não secar no forno.

Por fim, coloquei as trouxas sobre um molho de tomate feito em casa, a partir de ingredientes frescos. Depois foi só colocar no prato, abrir as trouxas e comer o peixe.

segunda-feira, 22 de março de 2010

As gelatinas disfarçaram-se de queques


Contínuo fazendo experiências com a gelatina agar-agar. Desta vez lembrei-me de preparar umas gelatinas de mirtilhos com a forma de queques, dando-lhes depois um ar romântico e ao mesmo tempo primaveril com uns salpicos de flores de alfazema. Pode parecer uma sobremesa altamente calórica, mas é um engano!

Comecei por preparar a gelatina como indicam no pacote. Em 1/4 litro de leite magro fervi durante 5 minutos 1 colher de chá cheia de flocos de gelatina agar-agar. Fui mexendo regularmente. À parte misturei uma caixa de quark, também magro, com 4 colheres de sopa de doce de mirtilhos (com pouco açúcar). Se tivesse em casa mirtilhos frescos teria preferido reduzir a puré uma caixa e adicionar depois ao quark. O creme com que fiquei, depois de misturar o quark com os mirtilhos, ultrapassou um pouco 250 ml. Por último, adicionei este creme à gelatina e coloquei a mistura obtida em formas de queques passadas por água fria. Após, aproximadamente uma hora a gelatina já tinha solidificado.

Desenformei os "queques" e enfeitei-os com iogurte grego, também magro, a que adicionei coco ralado para ficar mais consistente. Coloquei o creme no saco pasteleiro e fiz umas pequenas espirais que depois salpiquei com flores de alfazema. Teria preferido usar quark magro, mas infelizmente já não tinha nenhuma caixa em casa. O quark tem uma consistência mais espessa, quando comparada com a do iogurte grego. Também para os que estão a fazer dietas mais restritivas é possível retirar o coco. Poder-se-á eventualmente aromatizar o quark com baunilha ou deixar uns mirtilhos para colocar por cima neste caso.

domingo, 21 de março de 2010

Uma Primavera tímida


Palitos de batata doce com cominhos e sementes de sésamo


Para conseguir obter os "quadrados" de batata doce, que utilizei na entrada anterior, fiquei com uma série de sobras em resultado do modo como tive de aparar as batatas. Resolvi aproveitar estas sobras, cortando-as em palitos finos, que depois polvilhei com cominhos em pó e sementes de sésamo. Foram ao forno a assar, num tabuleiro forrado com papel vegetal antiaderente, até ficarem mais ou menos rijas. Quando sairam do forno salpiquei com flor-de-sal. Importa referir que a batata doce que utilizei foi de origem italiana. Com as nossas batatas não creio ser possível fazer este aperitivo.

sábado, 20 de março de 2010

Batata doce assada com queijo roquefort


A semana passada comprei uma revista italina de cozinha - Sale e Pepe, da qual tenho retirado uma série de ideias, que depois acabo por transformar numa versão mais light. Foi o que aconteceu com este aperitivo, muito fácil de preparar. Comprei uma batatas doces de origem italiana, uma variedade distinta da batata doce nacional, com uma textura mais suave e uma cor também mais pálida. Cortei as batatas de forma a obter uma espécie de quadrados. Com a ferramente que se usa para retirar o interior das maçãs ou do abacaxi, fiz uns buracos no meio que depois escavei facilmente com uma faca. Estes orifícios não atingiraam o fundo da batata. Coloquei-as no forno até ficarem assadas e depois rechei-as com um creme que preparei com natas de sojas e queijo roquefort em quantidade suficiente para lhe dar gosto. Enchi os buracos com este creme e voltei a levar ao forno. Nota: com as aparas que sobraram desta receita fiz um outro aperitivo que será objecto de uma próxima entrada neste blogue.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cascas de laranja cristalizadas


Hoje, por motivos de trabalho, tive de me deslocar a Coruche onde almocei no restaurante Lago Verde. No final da refeição presentearam-nos com uma taça de laranjas cristalizadas, que achei bastante agradáveis, devido à textura e também ao facto de não terem a habitual crosta de açúcar à volta. De uma forma bastante gentil acederam a explicar como se faziam. Começam por cortar as cascas das laranjas em fatias finas, retirando parte da parcela branca. Depois deixam de molho, em água, durante 2 a 3 dias. Provavelmente mudam a água pelo menos uma vez por dia. A seguir, passam as cascas por uma calda fraca de açúcar e colocam-nas a secar em cima de um pano.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gelatinas de frutos vermelhos (light)


Hoje resolvi fazer umas gelatinas com morangos e groselhas. Para o efeito fervi durante 5 minutos 125 ml de leite magro com 1 colher de chá cheia de agar-agar. À parte, misturei um resto de ricota que me tinha sobrado de uma receita anterior com quark magro até obter, depois de batido, aproximadamente 125 ml de um creme a que adicionei 1 colher de café de essência de baunilha e cerca de 3 colheres de sopa de coco ralado. Em formas individuais coloquei numa delas fatias de morangos à volta e na outra umas framboesas no fundo. Depois deitei o creme e levei ao frigorífico. Passado uma hora as gelatinas já estavam prontas para serem comidas. Para estas receitas de gelatinas individuais tenho usado formas de silicone da Tefal, as quais têm um aro de metal à volta, o que dá maior segurança ao transporte e facilita também o processo de desenformar. Nota: esta receita deu para 4 pudins pequenos.

Pequenas tartes de coentros com coco (aperitivo)


Já fiz esta receita inúmeras vezes, mas não a tenho apontada em nenhum caderno. Por isso, o sabor varia sempre um pouco em função das quantidades que coloco. É extremamente fácil de fazer. As tartes compro-as já prontas. Para o recheio usei um molho de coentros, 3 colheres de sopa de coco ralado, 1 colher de sopa de sumo de lima e uma pitada de sal. Coloquei na trituradora (123) e transformei numa pasta. Como gosto de coco exagero sempre na quantidade deste ingrediente.

terça-feira, 16 de março de 2010

Alcachofras com cebolas tenras


É preciso compensar os pequenos excessos alimentares, com outros pratos mais saudáveis. A inspiração para esta receita veio de uma revista italiana que comprei este fim-de-semana. Fiz algumas alterações em função do que tinha em casa, mas o ingrediente principal manteve-se, assim como o modo de preparação.
Comecei por arranjar as alcachofras e colocá-las em águas com rodelas de limão para não oxidarem. Depois preparei as cebolas tenras, cortando-as em troços no sentido longitudinal. Cozi estes dois vegetais em água onde tinha deitada 1/4 litro de vinho branco. Coloquei também um pouco de sal. No total levaram cerca de 15 minutos a cozer. Depois salpiquei com folhas de tomilho fresco. Esta foi o acompanhamento, pouco tradicional, de um caril de perú.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Tarte de pêras (sem forma)

Este é uma adaptação de uma receita que vi no blogue C'est moi qui l'ai fait!. O modo de preparação pareceu-me interessante, permitindo inúmeras variações.

Para a massa utilizei 250 g de farinha, 125 g de margarina (Becel cozinha) e 5 colheres de sopa de água. Misturei bem estes ingredientes até obter uma bola de massa, que coloquei no frigorífico até ao momento da preparação final. À parte, preparei um creme com 100 g de ricota, 100 g de amêndoas torradas e depois moídas, 1 ovo e 50 g de açúcar mascavado. Estendi a massa de modo a obter uma rodela, acertando depois os extremos com um corta massa. Fiz esta operação em cima de um papel aderente, para desta forma ficar com a tarefa seguinte facilitada. Fiz deslizar o papel, com a massa por cima, para o tabuleiro do forno. Depois coloquei o creme num círculo, deixando cerca de 5 a 7 cm de massa a toda a volta. Por cima do creme coloquei as pêras, sem pele e cortadas às fatias, dispondo-as em redondo. Reguei as pêras com sumo de limão para não oxidarem. Posteriormente dei uns cortes oblíquos na massa restante e dobrei cada um dos bocados sobre o recheio, como se vê na imagem. Para terminar, pincelei com leite a massa e salpiquei-a com açúcar mascavado, assim como as pêras. Foi ao forno cerca de 30 minutos. No final, coloquei a tarte sobre uma grelha para arrefecer.

domingo, 14 de março de 2010

Couves pak-choi com sementes e óleo de sésamo torrado

As couves pak-choi são umas das minhas verduras preferidas, não só pelo sabor como também
pela facilidade com que se preparam. Desta vez, resolvi inovar em relação à minha habitual receita. Coloquei uma colher de sopa de azeite num wok juntamente com sementes de sésamo, mostarda, coentros (partidas previamente), abóbora e girassol. Deixei fritar um pouco até as sementes de mostarda começarem a saltar, o que acontece muito rapidamente. A seguir deitei-lhe as couves cortadas em troços longitudinais. Fui mexendo, durante cerca de 5 minutos, e, no fim, deitei-lhe 1 colher de sopa de óleo de sésamo torrado. Não deitei mais porque este óleo tem um sabor forte, mas penso que para a próxima colocarei uma dose maior.

sábado, 13 de março de 2010

Creme de alho-francês, courgette e pastinagas


Continuo a fazer as minhas experiências em torno dos cremes de verduras. Já estava tão cansada do sabor das minhas sopas, que estas estão a saber-me muito bem. Tento várias combinações, procurando depois intervalar os diferentes cremes ao longo da semana para não existir saturação e principalmente porque numa boa alimentação deve existir variedade de ingredientes.
Para este creme usei um caldo Bio de verduras, a parte branca de 4 alhos-franceses cortada às rodelas, 1 courgette grande sem pele, 2 pastinagas grandes às rodelas. Deixei ferver cerca de 40 minutos, depois triturei e juntei as habituais 2 colheres de natas de soja e uma pitada de caril.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Queques de espinafres (doces)

Já no tempo do outro blogue (A minha cozinha) fiz um bolo com espinafres que gostei bastante. Claro que há sempre cépticos que consideram que o verde não combina com coisas doces. Mas combina! Na verdade, o bolo nem sabe a espinafres. Por isso, hoje lembrei-me de fazer uns queques numa versão light. Fiz uma série de adaptações a algumas receitas clássicas de queques e posso dizer que o meu maior problemas foi tirá-los da forma de silicone.
Para preparar estes queques misturei 250 g de farinha, com 50 g de açúcar mascavado, 2 colheres de chá de fermento em pó, 1 colher de chá de bicarbonato de sódio, 150 g de iogurte natural magro, 75 g de Becel de cozinha (derretida), 2 ovos, 1 colher de sopa bem cheia de coco ralado, 1 colher de chá de essência de baunilha. À parte, fervi durante 5 minutos 2 rectângulos de espinafres congelados. Coloqueio-os a escorrer, depois da fervura, calcando bem para sair toda a água. A massa que obtive foi ainda à 123 (trituradora) para obter um creme sem fios. Juntei este creme à anterior mistura e deitei, depois de tudo bem batido, em formas previamente untadas com margarina. Foram ao forno cerca de 20 a 25 minutos.

Por fim, condescendi um pouco com os gulosos, colocando chocolate branco por cima. Para dar um ar primaveril polvilhei também com flores de alfazema.

Rolo de frango recheado com maçã e couve lombarda

Compro muitas vezes peito de frango, por ser uma carne magra. Porém, para não se cair na monotonia dos bifinhos de frango, é necessário investir um pouco mais de trabalho. Porque o visual também conta, e muito, nesta questão da alimentação. Infelizmente as fotografias não ficaram muito bem, mas quem o comeu parece ter gostado do aspecto e do sabor.

Para fazer este rolo comecei por abrir com cuidado os peitos de frango, espalmando-os, de forma a obter uma espécie de triângulos. Coloquei dois com a base para um dos lados e o outro ao contrário, de modo a obter um rectângulo. Por baixo deste coloquei três fios a distância de 2 a 3 cm para depois me facilitar o trabalho de fazer o rolo. Barrei a parte superior do rectângulo com massa de pimentão. A seguir coloquei duas fatias finas de fiambre e duas folhas de couve lombarda a que tinha dado uma fervura de 5 minutos, após ter tirado a nervura central. Posteriormente, salpiquei com alecrim picado e coloquei no centro gomos de maçã. Enrolei com cuidado, atando os três fios. De seguida com um fio maior fiz uma espécie de caseado, ajustando a carne de forma a ficar com um rolo mais perfeito.

Foi ao forno com batatas doces peladas e cortadas aos bocados e com quartos de pêra-rocha. Apenas temperei com azeite e polvilhei com mais alecrim fresco picado. Esteve no forno aproximadamente 45 a 60 minutos. Na altura de o servir, em que tive de o voltar a colocar no forno para aquecer, coloquei umas folhas de couve já escaldadas por cima que reguei com a gordura que tinha ficado no tabuleiro, o que deu um maior contraste em termos visuais na apresentação.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Fa no país das maravilhas (cogumelos)


Nos últimos dias tem-se falado muito no novo filme da Disney - Alice no país das maravilhas. Como nunca tinha lido o livro achei que seria altura de o fazer. Mas claro que os significados que tiro de muitas passagens desta obra são contextualizados pelas minhas experiências e preocupações.

Por exemplo, a parte da história que já li tem como elemento transversal a toda a narrativa o facto da Alice mudar diversas vezes de tamanho em função do que come e do que bebe. Claro que isto não me pode deixar de lembrar as dietas que provocam um efeito designado por io-io. Deviam mudar-lhe o nome para dietas "Alice"! Entre os vários episódios há um em que Alice encontra uma caixinha de vidro debaixo de uma mesa, que abre, encontrando lá dentro um bolo muito pequenino. "Por cima, muito bem escrita com pequenas passas, lia-se a palavra «COME-ME». Outra referência gastronómica é quando, encontrando-se presa no interior de uma casa, lhe atiram uma chuva de pequenos seixos que se transformam em pequenos bolos que ao comer fazem com que diminua de tamanho. Este é decididamente o país das maravilhas em que todas nós gostaríamos de viver, em que se reduzisse o peso comendo muitos bolos.

A receita do creme de cogumelos com castanhas foi inspirada por uma lagarta que Alice encontrou em cima de um cogumelo, fumando um narguilé, que lhe disse que se queria ver o seu tamanho aumentado deveria comer o cogumelo, mas teria que descobrir qual o lado do fungo que provocaria esse efeito e qual o que provocaria o efeito contrário.

Os meus cogumelos (portobello) creio que só têm um lado e o único efeito que poderão ter é fazer diminuir o peso, por isso resolvi juntar-lhes um elemento com um efeito contrário - as castanhas. Se nunca mais ouvirem falar de mim neste blogue é porque comi o lado errado e fiquei com um tamanho tão reduzido que não chego ao computador.

Quanto à poção em causa ela é uma variação do creme de cogumelos que podem encontrar noutra entrada. Com a diferença que lhe juntei uma chávena de castanhas congeladas. À semelhança das outras vezes também retirei parte do líquido antes de moer a sopa e depois adicionei-o de novo até chegar à consistência que pretendia.

terça-feira, 9 de março de 2010

Creme de verduras

O objectivo hoje foi fazer uma sopa ligeira mas com muitas verduras. Coloquei num caldo de verduras a ferver, feito com água e um cubo bio, 1 pacote de agriões, 1 pacote de alface e 1 pacote de salsa, tudo já pré-lavado. Juntei-lhe uma courgette cortada às rodelas. Deixei ferver 20 minutos e depois triturei, juntando no final 2 colheres de natas de soja, para deixar o creme mais aveludado.

domingo, 7 de março de 2010

Gelatinas de iogurte com molho de morangos

Será difícil alguma vez conseguir fazer uma sobremesa mais dietética do que esta. Os meus amigos nutricionistas acho que a aprovarão a 100%.

Comecei por misturar 2 colheres de chá de agar-agar em 250 ml de leite magro. Juntei uma vagem de baunilha a que já tinha tirado previamente as sementes e levei a ferver 5 minutos. Deixei arrefecer um pouco, retirei a baunilha, e adicionei 250 ml de iogurte magro e as raspas da vagem. Mexi bem e coloquei em formas de silicone passadas por água fria. Depois de solidificado desenformei e coloquei à volta puré de morangos.

Queques de chocolate

Nos últimos tempos, criei o hábito de levar sempre um bolo ou uns biscoitos quando vou visitar os meus pais ao domingo à tarde. Às vezes, penso que posso adiantar o trabalho, fazendo estas iguarias de véspera. Porém, já me apercebi que é uma má opção. Cá em casa há quem não resista ao aroma dos bolos acabados de sair do forno e o que acontece é que estes começam logo a ser comidos antes de chegarem ao destino. Foi por causa disso que hoje me vi obrigada a reforçar o "bolo de cerveja" que já levou um grande desbaste desde que ontem o preparei. Como os meus pais gostam muito de chocolate decidi fazer uns queques, desta vez sem preocupações com as gorduras e o açúcar.

Para a receita utilizei: 85 g de chocolate preto, 150 g de manteiga, 160 g de farinha, 1 colher de chá de fermento em pó, 160 g de açúcar, 5 ovos, 1 vagem de baunilha. Parti o chocolate aos pedacinhos e derreti juntamente com a manteiga no microondas. À parte, misturei a farinha com o fermento. Por outro lado, bati o açúcar, com os ovos e o interior da vagem de baunilha até obter um creme. Juntei a este creme a farinha com o fermento, misturei bem e por último adicionei o chocolate derretido com a manteiga. Deitei a massa em formas previamente untadas de margarina e levei ao forno durante 20 minutos. Deixei arrefecer 5 minutos antes de os tirar da forma e os colocar em cima de uma grelha. Quando estavam frios decorei-os com creme de chocolate derretido com um pouco de manteiga.

Frango com massa soba: entre o oriente e o ocidente

Este fim-de-semana não fui ao supermercado por isso cheguei ao domingo com algumas limitações em termos de ingredientes disponíveis. Assim resolvi deixar-me levar pela imaginação ... Não se pode dizer que os comentários ao produto final tenham sido muito esfuziantes, mas foram explicados pelas altas expectativas que existiam. Enfim! Ficou agradável, mas apesar de ter elementos da cozinha oriental, aliás foi feito no wok, tem também muitos sabores ocidentais.

Comecei por cozer a massa soba em água durante 5 minutos. Depois escorri e passei por água fria. No wok coloquei um pouco de azeite onde deitei sementes de sésamo, de coentros e de mostarda. Quando começaram a "saltar" juntei o peito de frango cortado às tiras e temperado com molho de soja (japonês), assim como 6 talos de aipo finamente cortados. Deixei em lume brando até cozinhar o frango. Como não tinha verduras resolvi cozer algas wakame que depois cortei e adicionei ao frango. Para lhe dar um toque ocidental juntei raminhos de tomilho e um cálice de Vinho do Porto.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Biscoitos de abóbora

Estes biscoitos foram inspirados por uma receita que encontrei em Dulcis in Furno. Fiz algumas adaptações às quantidades e aos ingredientes em parte devido ao que tinha em casa e outra por preguiça de estar a fazer algo muito complicado.

Comecei por triturar na "123" cerca de 450 g de abóbora (potimarron/Hokaido). Depois juntei-lhe 1/2 chávena almoçadeira de açúcar, 1 chávena almoçadeira de farinha com fermento, 2 colheres de sopa bem cheias de margarina Becel para cozinha, 1 ovo inteiro e 2 colheres de chá de flores de alfazema. Misturei tudo e com uma colher de sopa deitei montinhos de massa num tabuleiro onde previamente tinha colocado uma folha de papel vegetal para bolos. Foram ao forno 30 minutos, até formarem um crosta por cima ligeiramente dourada. Por dentro, estes biscoitos ficam com uma consistência cremosa. O aroma da alfazema não é perceptível, por isso para a próxima substituirei por outro ingrediente. Para os mais gulosos também é conveniente aumentar a quantidade de açúcar.
Nota: quando os biscoitos saíram do forno coloquei-os em cima de uma grelha para ficarem bem secos.

Gelatina de chocolate com alfazema

Resolvi fazer umas experiências com dois ingredientes novos: o agar agar e a alfazema. Segui uma linha light, embora por razões familiares tenha cedido a colocar um pouco de açúcar. A gelatina solidificou rapidamente, mesmo fora do frigorífico, ficando bastante consistente. Quanto à alfazema é necessário testar as percentagens e o modo de conseguir obter uma gelatina mais aromatizada. Para a próxima vou colocar a alfazema juntamente com leite, creio que dará um sabor mais activo.

Comecei por colocar três colheres de agar agar em 750 ml de leite magro. Dissolvi e levei ao lume a ferver durante 5 minutos. Fui mexendo regularmente. No final acrescentei 125 g de chocolate preto (85%), 1 colher de sopa de icing-sugar e cerca de 10 ml de uma infusão feita com duas colheres de sopa de alfazema. Coloquei em canecas de chá e salpiquei com flores de alfazema.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Bolo de castanhas

Hoje achei que tinha de fazer um bolo para animar a minha semana de trabalho. Como a energia não era muita para procurar uma receita resolvi inventar, tendo por base a experiência que acabamos por adquirir no que toca à consistência das massas. Claro que as possibilidades de errar são sempre grandes, mas às vezes as coisas até correm bem. Este bolo ficou bastante bom. Dúvido mesmo que consiga chegar ao final do dia!

Nesta receita utilizei: 2 chávenas de chá de farinha de castanhas, 1 colher de sobremesa de fermento, 1/2 chávena de chá de açúcar mascavado, 1 chávena de chá de leite magro, 3 ovos inteiros, 1/2 chávena de chá de azeite, 2 colheres de sopa de natas de soja e raspa de 1/2 vagem de baunilha à falta de essência de baunilha. Comecei por misturar a farinha com o fermento e o açúcar. Adicionei depois os ovos, alternando com o leite e o azeite. Por fim, os restantes ingredientes. Foi ao forno em forma forrada com papel vegetal durante aproximadamente 30 minutos. Ficou com uma consistência bastante agradável.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Medalhões de pescada cozidos a vapor em cama de salsa e de outras ervas

Comer peixe com maior frequência é um objectivo que tenho sempre em mente, mas só como muita dificuldade o consigo colocar em prática. Preciso de inventar formas de preparar o peixe que o tornem saboroso. Não teria problemas se vivesse no Japão, mas em Portugal não é natural que coma todos os dias peixe cru. Por isso, necessito de colocar a minha imaginação a funcionar, adaptando aqui e ali o que outros já testaram. Assim, surgiu esta receita.

Num recipiente de bambu para cozer a vapor coloquei no tabuleiro inferior batatas cortadas às rodelas e cenouras aos palitos. Por sua vez, no tabuleiro superior fiz uma cama de salsa e de raminhos de alecrim, colocando por cima medalhões de pescada que salpiquei com flor-de-sal e orégãos. Para aumentar o sabor coloquei também rodelas de lima e folhas de louro. Primeiro coloquei ao lume, numa frigideira grande com água, o tabuleiro inferior devidamente tapado. Deixei ferver cerca de 10 a 15 antes de colocar o tabuleiro superior, que apenas esteve 7 minutos ao lume. O peixe ficou aromatizado pelas diferentes ervas, ficando mais agradável que o simples peixe cozinho. Penso que tentarei fazer mais experiências dentro deste tipo de preparações a vapor.