quarta-feira, 30 de junho de 2010

Diário de viagem - dia 1

Vou tentar fazer uma espécie de diário de viagem, numa vertente essencialmente gastronómica, embora o que me tenha trazido até Espanha não tenha nada que ver com esta área. Ontem enquanto se desenrolava o jogo de futebol estava a preparar-me para apanhar o Lusitânia com destino a Madrid. Esta viagem é uma espécie de Expresso do Oriente à escala ibérica. Ficamos com a sensação de ganhar tempo, quando depois de uma noite mais ou menos bem dormida, chegamos de manhã cedo ao nosso destino. O comboio balança um pouco e anda devagar, mas esse é o seu grande charme.

Às 7.30 (6.30 em Portugal) acordando-nos para tomarmos o pequeno almoço, que é um dos momentos mais agradáveis do trajecto. Enquanto os campos e as vilas vão sendo ultrapassadas, tomamos com toda a calma uma refeição ligeira, mas bem servida. Hoje estávamos preparados para ter de enfrentar grandes engarrafamentos, devido à greve do Metro, mas tudo acabou por correr bem.

Claro que depois foi necessário aguardar até às 13.00 para ir almoçar. Seguindo os hábitos locais comemos um primeiro e um segundo prato e para terminar uma sobremesa. Um exagero de comida e alguns excessos, mas que bem mereço! Começámos por dividir um revuelto de morcilla e uns espargos, para depois passarmos para um leitão frito e um bacalhau frito mas embrulhado em polme (rebozado). Terminámos depois com um bolo de chocolate acompanhado de doce de morango e com um pudim.

Para ajudar a digestão aproveitámos para ir até à Plaza Mayor, visitando no caminho uma lojas de gulodices, que para além de ter óptimos produtos tem umas lindas embalagens. Embora, a maior parte dos produtos sejam, segundo julgo de origem francesa, tornou-se num local de paragem para os turistas. No meu caso, aproveitei para comprar uns biscoitos para o lanche.



terça-feira, 29 de junho de 2010

Obrigada


Obrigada à Carla do blogue De cozinha em cozinha passando pela minha pelo "PRÉMIO DARDOS" que é uma corrente de amizade virtual e destina-se a reconhecer o valor dos blogueiros que se dedicam a transmitir valores culturais, humanos, literários, etc. Recebido o prémio há que cumprir determinadas regras:

1º - Exibir a imagem do selo no Blog;
2º - Exibir o link do blog através do qual recebeu o prémio;
3º - Escolher 10, 15 ou 30 blogues para atribuir o prémio.

Neste momento, por falta de tempo, devido a viajar ainda hoje, não consigo cumprir a tarefa 3, mas logo que regresse actualizarei esta entrada.

Dourada assada com as cores portuguesas

Nos próximos dias, por motivos ainda de trabalho, vou estar ausente da minha cozinha. Tentarei ir dando notícias, mas poderei ser mais irregular nas minhas entradas neste blogue.

Hoje, atentendo ao dia, a exigir algum patriotismo, mesmo para quem como eu gosta muito de nuestros hermanos, deixo aqui ficar um peixe assado, devidamente equipado com as cores portuguesas.

Comecei por colocar num pirex um conjunto de talos de aipo, para deste modo fazer uma espécie de grelha. Depois temperei de sal o peixe, coloquei sobre o aipo. Como necessitava de acabar com alguns ingredientes, juntei-lhe uma quantidade abundante de tomate, pimento verde e cebola. Reguei com azeite e vinho branco, polvilhei com orégãos, e foi ao forno durante cerca de 40 minutos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bolachas de sementes

Estas bolachas são uma adaptação de uma receita que vi no livro de Garance Leureux, Curcuma, o qual fez parte da última encomenda que recebi da Amazon. Acho que foi a primeira vez que fiz bolachas. São óptimas para ter numa caixinha dentro da secretária, para aqueles momentos em que apetece trincar alguma coisa e não temos tempo. Também ficam muito bem numa mochila, quando se vai para o campo.

Como ingredientes utilizei:

- 200 g de farinha de kamut (deveria ter sido de cevada)
- 50 g de sementes de linho moídas
- 50 g de sementes de girassol moídas
- 1 colher de café de curcuma
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavado (deveria ter sido mel)
- 3 colheres de sopa de azeite

Misturei todos estes ingredientes, adicionando a água suficiente para que se formasse uma massa que pudesse ser estendida o mais fino possível. Depois de estendida a massa salpiquei com sementes de girassol e de sésamo e calquei com o rolo da massa para elas se enterrarem na massa. Cortei quadrados de 3x5 cm que levei ao forno num tabuleiro revestido com papel vegetal ligeiramente untado de azeite. Devem cozer lentamente (30 minutos) em forno pouco quente (150ºC) para que no fim fiquem crocantes.

domingo, 27 de junho de 2010

Bolo de beterraba e chocolate


Quando se come uma fatia de um bom bolo de chocolate parece-nos que o mundo fica em suspenso, por uns minutos, enquanto as nossas papilas enviam sinais de prazer ao cérebro. Claro que este bolo não se compara certamente às madalenas celebrizadas por Marcel Proust, na sua obra Em busca do tempo perdido, mas permitiu adoçar um pouco a minha tarde de domingo. Podem ficar cépticas em relação à mistura, mas posso garantir que estava muito bom.

Os ingredientes "secretos" desta poção mágica são os seguintes:

- 300 g de farinha
- 150 g de açúcar mascavado
- 6 ovos
- 1 colher de sopa rasa de fermento
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
- 3 beterrabas médias já cozidas e reduzidas a puré
- 70 g de cacau em pó
- 1 colher de chá de extracto de baunilha

Comecei por bater muito bem as gemas com o açúcar, até obter uma consistência homogénea e cremosa. Depois adicionei o puré das beterrabas. Estas beterrabas que utilizei são daquelas que se comram já cozidos nos supermercados. Juntei depois o cacau em pó e por último, alternando, a farinha com o fermento e o bicarbonato misturado e as claras em castelo. Envolvendo tudo com cuidado. O ideal teria sido peneirar a farinha com o cacau e com os restantes ingredientes secos. Esta é uma operação maçadora, mas na verdade torna os bolos mais leves. Coloquei a massa numa forma, neste caso de silicone e já com algum uso, mas se tivesse utilizado uma forma de alumínio ou mesmo teflon seria conveniente forrá-la, porque o bolo fica húmido e com alguma tendência para ficar colocado ao fundo.

Biscoitos de aveia com chocolate (2)

Esta nova versão de biscoitos de aveia com chocolate já foi realizada antes da que coloquei anteriormente. Só que foi ficando no desktop do computador, na lista de futuras entradas. Como agora resolvi colocar em dia tudo, ou quase tudo, o que estava atrasado chegou o momento de ela chegar ao espaço virtual. A receita tem características muito diferentes da outra, embora os ingredientes base até sejam semelhantes.

Nestes biscoitos utilizei:

- 300 g de farinha de kamut
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 1 colher de chá de fermento
- 2 colheres de chá de extracto de baunilha
- 1 ovo
- 1, 5 dl de leite magro
- 2 colheres de sopa de azeite
- 1 colher de chá de canela
- 1 chávena de chá de flocos de aveia
- 100 g de chocolate negro grosseiramente partido

Comecei por misturar primeiro os ingredientes secos, adicionando depois os húmidos. Os bocadinhos de chocolate só foram adicionados no fim. Com a ajuda de uma colher de chá deite bocadinhos desta massa num tabuleiro forrado com papel vegetal de cozinha. Foram ao forno (200ºC) durante 15 minutos. Deixei arrefecer um pouco antes de os retirar do tabuleiro e colocar na grelha de bolos.



sábado, 26 de junho de 2010

Curcubitáceas, curcuma e alecrim

Eu sei que uso e abuso de determinados ingredientes. Aliás, muitas vezes quando o abro apercebo-me que a cor dominante é o amarelo. Este tabuleiro de vegetais (abóbora amarela de espécie não identificada + patisson), vai encontro dos conselhos do Drº. Servan-Schreiber. Apesar de singela anoto a receita neste meu blogue para eu própria não me esquecer, porque também o utilizo como caderno de notas/diário de cozinha.

A receita é facílima. Cortei as abóboras aos bocados, aproveitando a casca, temperei com um fio de azeite, salpiquei com curcuma em pó, com alecrim picado e temperei com pimenta preta. O facto de utilizar esta última especiaria é apenas para potenciar o efeito preventivo da curcuma no tratamento de algumas doenças. Para incrementar ainda as boas propriedades do prato juntei-lhe uns alhos descascados inteiros. Levei ao forno cerca de 20 a 30 minutos.

Aliás, falando em curcubitáceas continua sem solução o mistério da planta que está a crescer no meu terraço. Há várias hipóteses, mas a pouco experiência na área, a não ser como consumidores, ainda não nos permitiu esclarecer o assunto.

Bolo de morangos com mistura de farinhas

Este bolo já foi feito há dias o que acontece é que tem vindo a ser ultrapassado por outras coisas fui fazendo. Faz parte do meu aproveitamento de uma série de tipos de farinha que tinha em casa e ao mesmo tempo de algumas experiências que tenho vindo a realizar sobre a textura, resultante das variadas misturas. É um bolo simples, quase que poderei dizer de dieta. Pelo menos foi dessa forma que o apelidaram cá em casa. Ficou agradável para o pequeno almoço, mas deve ser comido já frio, por causa da consistência do polvilho azedo.

Assim, os ingredientes para este bolo foram os seguintes:

- 2/3 de chávena de chá de polvilho azedo
- 1 chávena de chá de farinha de espelta
- 1 chávena de chá de fécula de batata
- 2 colheres de sopa de açúcar amarelo
- 1 colher de sopa rasa de fermento
- 1 colher de chá rasa de bicarbonato de sódio
- 1 colher de sopa cheia de canela
- 1 1/2 chávenas de leite magro
- 2 ovos (claras batidas)
- 1 chávena cheia de morangos em puré
- 1 chávena de morangos inteiros

À semelhança de outros bolos misturar primeiro os elementos secos e depois adicionar os liquidos, deixando para o fim a junção das claras em castelo. Processo que deve ser feito com cuidado. Depois de deitar a massa na forma é que a salpiquei com os morangos inteiros, que ao cozerem se enterraram no bolo, porém ainda continuaram visiveis no topo. Esteve cerca de 30 a 40 minutos no forno.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Crumble" de nectarinas

Regressei ao livro de Alice Hart, Mes recettes bio et saines au son d'avoine, para desta vez me dedicar a fazer um "crumble" tipo de sobremesa muito ao gosto dos países anglosaxónicos. Como não tinha ruibardo, que era o indicado na receita original fiz com nectarinas. As fotografias talvez não sejam muita favorecedoras, mas estava muito bom. Às vezes, quando vou tirar as fotografias já estou tão cansada que não tenho paciência para grandes ensaios.

Comecei por cozer as nectarianas, depois de descascadas e cortados aos bocados (400g), com 5 colheres de água e os grãos de meia vagem de baunilha. Para esse efeito cortei a vagem ao meio mas sem atingir a parte inferior, em cima de uma tábua, abri-a e com a faca raspei o interior. Como achei que as nectarianas têm muito açúcar juntei apenas 2 colheres de sopa de açúcar mascavado. Deixei ferver em lume brando durante 10 minutos, até os bocados de nectarianas ficarem tenros.

À parte, misturei:

- 6 colheres de sopa de farelo de aveia
- 2 colheres de sopa de farelo de trigo
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 1 ovo
- 1/2 colher de café de canela em pó
- 1 colher de café de extracto de baunilha

Coloquei a massa que obtive sobre um tabuleiro forrado com papel vegetal de cozinha. Espalmei bem com a ajuda das mãos, mas sem ter a preocupação de obter nenhuma forma perfeita. Levei ao forno (180ºC) cerca de 15 minutos. Deixei arrefecer e depois desfiz com as mãos para obter um granulado mais ou menos grosseiro em função do gosto de cada um.

Por último, foi só colocar as nectarinas num recipiente e cobri-las com o biscoito partido. Os "crumbles" são mais agradáveis quando comidos mornos, mas para mim mesmo à temperatura natural ficou excelente.

Gaspacho de beterraba

Hoje vou dar continuidade às sopas frias. Como nos próximos dias irei estar uns dias ausente da minha cozinha, estou já a gerir as receitas em função dos ingredientes que tenho no frigorífico e que são perecíveis.

Neste gaspacho utilizei:

- 1 pepino grande sem pele e cortado aos bocados
- 1/2 cebola roxa picada
- 1 beterraba cozida também cortada
- 3 talos de aipo a que retirei as partes mais fibrosas e cortei em troços
- 1 cm de gengibre ralado
- 1 iogurte natural magro
- azeite
- vinagre
- flor-de-sal

Coloquei no copo misturardor e triturei até obter um creme, que coloquei em taças de vidro e enfeitei com as folhas do aipo. Antes de servir esteve no frigorífico para ficar mais frio.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Biscoitos de aveia e chocolate

Esta receita de bolachas de aveia e chocolate foi retirada de um livro de Alice Hart, Mes recettes bio et saines au son d'avoine, que comprei recentemente e com o qual ando entusiasmada. Já fiz por duas vezes os biscoitos, mas infelizmente da última vez esqueci-me de um ingrediente importante, por isso ficaram com um aspecto diferente destes.

Da receita original constam:

- 1 ovo
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 1 colher de sopa de cacau em pó peneirado
- 1 colher de sopa de leite magro em pó
- 1 colher de sopa de fécula de milho peneirada (maizena)
- 2 colheres de sopa de farelo de aveia
- 1 colher de sopa de farelo de trigo
- 1/2 colher de chá de fermento químico
- 3 caramelos sem açúcar partidos (facultativo)

Juntar todos os ingredientes com excepção dos caramelos. No tabuleiro do forno, forrado previamente, com papel de cozinha (vegetal), fazer com a ajuda de uma colher de café 8 montinhos de massa, suficiente espaços uns dos outros para o caso de aumentarem muito. Caso se utilize os caramelos colocar em cima dos biscoitos. Levar ao forno (180ºC) durante 8 a 10 minutos. Deixar repousar 5 minutos e a seguir retirar para uma grelha.

A minha experiência diz-me que é melhor começar por bater o açúcar com o ovo e só depois de bem batidos estes dois ingredientes é que se deve juntar todos os outros. Acho que desta forma é mais fácil obter biscoitos redondos, porque a massa ficará mais liquida. Em lugar do fermento químico também optei por usar apenas bicarbonato de sódio e também não coloquei caramelos. Na segunda vez que fiz a receita, dobrei as quantidades, mas esqueci-me de colocar a maizena. Resultados os bolos ficaram espalmados, tal como aparecem na fotografia do livro, mas faltava-lhes a consistência que é dada pela maizena. Penso que será uma receita a repetir muitas ... vezes.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cavalas em escabeche

Ainda não desisti de conseguir fazer um bom prato com cavalas. Como sabem sou um pouco complicada em matéria de peixe. Com o salmão já consegui ter uma boa relação, basta assá-lo no forno com uma crosta de ervas. Tenho feito várias vezes essa receita, embora com pequenas variações, e gosto sempre muito. Porém, a cavala tem oferecido alguma resistência às minhas diversas tentativas. Este escabeche que fiz não é o tradicional. Digamos que é uma versão mais light! Foi comido frio acompanhado com batatas cozidas. Estava muito agradável ... penso que será por aqui o caminho para a reconciliação com esta espécie piscícola.

De véspera deixei as postas de cavala (2) numa marinada formada por:

- 1/4 de litro de vinho branco
- 2 folhas de louro
- azeite
- vinagre
- 1 colher de café de curcuma
- pimenta preta
- flor-de-sal
- bagas de zimbro

No dia seguinte seguinte retirei as postas desta marinada e coloquei-as na parte de cima de uma panela de cozer a vapor, enquanto na parte de baixo deitei o liquido. Levei a cozer cerca de 5 minutos. À parte, fiz um refogado com três cebolas grandes, cortadas às fatias finas, com azeite, louro e um dente de alho. Deixei "murchar" a cebola, juntando depois ao refogado sal e vinagre. Deitei este escabeche ainda quente sobre o peixe. Tapei deixei arrefecer e coloquei no frigorífico. O ideal até será mesmo fazer no dia anterior para o peixe ganhar mais sabor.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sopa fria de pepino com curcuma

Chegou o calor e com ele a vontade de ao jantar comer uma salada ou uma sopa fria. Simples, fácil de fazer e saudável. Neste caso utilizei:

- 1 pepino grande descascado e cortado aos cubos
- 1 tomate sem pele
- 1 iogurte magro (natural)
- 1 talo de aipo a que retirei as partes mais fibrosas e depois cortei aos bocados
- 1 colher de café de curcuma
- 1/2 cebola roxa picada
- coentros
- pimenta preta
- flor-se-sal
- 1 colher de sopa de azeite

Coloquei no copo triturador todos os ingredientes. Depois foram moídos até obter um creme, que coloquei em copos de vidro e deixei no frigorífico até ao momento de servir. Nota: estas quantidades deram para 3 copos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vegetais no forno (patisson e batata doce)

Como já se tornou evidente embora não seja vegetariana sou uma grande consumidora de frutas, legumes, cereais, etc. Esta receita das patissons e das batatas doces no forno é básica, mas excelente. As patissons têm um sabor mais agradável do que as vulgares courgettes e ficam excelentes quando são assadas desta forma. Entre as filas dos dois vegetais coloquei raminhos de alecrim. Reguei com um fio de azeite e levei ao forno onde esteve cerca de 30 minutos. Quando retirei pincelei as patissons com uma geleia de pimentos, comprada na feira dos produtos conventuais. Neste caso, trata-se de um produto do Convento dos Cardaes (Lisboa), do qual tenho gostado muito e que voltarei a comprar logo que tenha oportunidade.

domingo, 20 de junho de 2010

Queques de limão

A época das cerejas chegou finalmente e não há dúvida de que é uma fruta muito fotogénica, que dá excelente fotografias. Tem as proporções e as curvas certas, tanto na polpa como no caule, para que seja possível ensaiar bailados acrobáticos. Neste caso serviram apenas para alegrar uns queques de limão em versão experimental.

Para esta receita de queques utilizei os seguintes ingredientes:

- 1 chávena de chá de espelta
- 1 chávena de chá de farinha de arroz integral (crua)
- 1/2 chávena de chá de farinha de quinoa
- 4 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 2 ovos
- 1 iogurte magro
- sumo e casca ralada de 1/2 limão bio
- 1/2 chávena de azeite
- 1 colher de chá de extracto de baunilha
- 1 saquinho de levedura (4,6 g) ou de preferência, pelas razões que a seguir indico, 1 colher de sopa de fermento Royal, acrescentada eventualmente de mais 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio.

Como habitualmente, misturar primeiro os ingredientes secos e juntar depois os húmidos. Como nesta receita resolvi experimentar a levedura, comecei por a dissolver em o.5 dl de água morna. No caso de fazer com o outro fermento este volume de liquido pode ser substituído por igual quantidade de leite magro.

Quanto à decoração foi só mergulhar as cerejas em cobertura de chocolate branco derretida e depois fixar aos queques.


A utilização de outros tipos de farinhas, para além da habitual farinha de trigo, coloca alguns problemas no processo de fermentação que tentei compreender melhor Até porque nesta receita resolvi experimentar o fermento de padeiro. Este fermento é formado por microorganismos vivos que se vão alimentar da massa e nesse processo irão libertar dióxido de carbono e outros compostos. Vai ser a libertação deste gás que provoca o aumento de volume do pão ou dos bolos. No caso dos fermentos químicos o que vamos ter na sua composição é um ácido e uma base que ao reagirem vão libertar também o dióxido de carbono. Por isso, é importante que quando se fazem os queques e depois de adicionar os ingredientes secos aos húmidos se bata pouco a massa e se coloque rapidamente no forno, para aproveitar a reacção inicial. Perdoem-me esta minha vertente tão professoral, mas isto é apenas para eu própria perceber o que se passou com o processo de fermentação.

Mas há o problema do tipo da farinha, porque algumas não possuem gluten (proteína) responsável por fornecer elasticidade que permita às massas crescerem. Com a farinha de trigo normal não há problema, mas quando passamos para outros géneros de farinhas devemos ter em consideração que algumas não possuem gluten ou possuem muito pouco. No caso desta receita resolvi experimentar a levedura, fiada que a farinha espelta ainda tem algum gluten. Como é possível verificar não cresceram muito, por isso aconselho as minhas leitoras a utilizarem em lugar do saquinho de levedura 1 colher de sopa rasa de fermento químico.

Bolo simples com mistura de diferentes tipos de farinhas)

Neste momento, ando entretida a fazer experiências com diferentes tipos de farinha. Tentando perceber quais as características de cada uma delas assim como as misturas que melhor funcionam. É preciso ter em atenção que o facto de algumas não terem glúten dificulta os processos de fermentação. Aliás, a questão do fermento a usar é um outro aspecto a que também vou começar a dar atenção.

Este bolo ficou com uma consistência fofa e ao mesmo tempo gostoso. Como ingredientes utilizei:

- 1 chávena de chá mal cheia de farinha de milho (fina)
- 1 chávena de chá de farinha de arroz integral (crua)
- 1/2 chávena de chá de farinha de araruta
- 1/2 chávena de chá de fécula de batata
- 1 colher de sopa rasa de fermento
- 1 colher de sopa cheia de canela
- 1 colher de sopa de erva-doce em pó
- 1 mão cheia de coríntios
- 4 colheres bem cheias de açúcar mascavado
- 2 cm de gengibre fresco ralado
- 3 ovos
- 1 iogurte magro
- 1 chávena de leite magro

Misturei primeiro os ingredientes secos e depois os húmidos. Porém, no caso dos ovos optei por bater as claras em castelo e adicioná-las no final, para deste modo conseguir um bolo mais leve. Foi ao forno a 200ºC cerca de 20 a 30 minutos, isto é, o tempo suficiente para ao espetar um palito de madeira este sair seco.

sábado, 19 de junho de 2010

Gelatina de ruibardo

Vou dar continuidade às minhas experiências com agar-agar. Comprei dois livros franceses que trazem imensas sugestões que tenciono testar. Mas esta ainda não é nenhuma delas!

Sempre que aparece ruibardo no Pingo Doce eu aproveito para comprar. Desta vez comprei cinco talos que cortei aos bocadinhos e coloquei num pirex com um pouco de água e 2 colheres de açúcar amarelo. Levei ao forno 30 minutos para o ruibardo cozer. Depois coloquei num passador a escorrer. Ao liquido que obtive, cerca de 200 ml, juntei uma colher de chá de agar-agar. Dissolvi e deixei descansar 10 minutos. Depois levei ao lume, deixando ferver 30 segundos (estou a utilizar as instruções que encontrei nos referidos livros franceses). Antes já tinha distribuído os pedaços de ruibardo pelas moldes de queques, que também tinham sido previamente passados por água fria. Completei cada molde com o líquido e deixei arrefecer.

Confesso que tive alguma dificuldade em desenformar os pudins. Penso que deveria ter colocado menos polpa de ruibardo e que também teria sido melhor colocar primeiro um pouco de liquido e depois o ruibardo e completar a seguir com a gelatina. O problema do agar-agar, principalmente quando utilizamos uma base muito liquida, é que começa rapidamente a aparecer liquido à volta dos pudins. Por isso, não deveremos demorar muito tempo a consumir as gelatinas. Mas ficam igualmente agradáveis nos dias seguintes.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Queques de coco

Estes queques talvez não tenham ficado com grande aspecto, porém estavam muito gostosos. Ao contrário que que normalmente faço deitei a massa, que ficou bastante espessa, nas formas de papel. Há alguma poupança de trabalho, embora nem sempre fiquem muito bonitos. Estas formas formas de papel pertencem a uma colecção de três padrões da IKEA.

Agora quanto à receita dos queques de coco:

- 2 chávenas de farinha de trigo
- 1/2 chávena de farinha de arroz integral
- 4 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de sopa rasa de fermento
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
- 1/2 chávena de chá de coco ralado
- 1 iogurte magro natural
- 2 ovos
- 1 colher de chá de extracto de baunilha
- 1 chávena de chá de leite magro

Como habitualmente, primeiro misturei os ingredientes secos e a seguir os húmidos, tendo o cuidado de não bater muito a massa. Deitei o creme nas forminhas de papel e polvilhei com coco ralado. Foram ao forno cerca de 15 minutos a 200ºC.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Hortenses

Recordação de uma data especial - o aniversário do meu pai que comemorámos ontem. É ele o grande responsável pela existência destas lindas hortenses.



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Queques de maçã com alfarroba

Estes queques de maçã e alfarroba surgiram na sequência de outras receitas em que fiz uso de um conjunto de ingredientes saudáveis. Reduzi o açúcar e as gorduras, mas sem com isso me deixar de preocupar com o aspecto. São bons para o pequeno almoço, mas também para o lanche. A vantagem sobre um bolo é que se consegue controlar melhor a quantidade que se ingere. Um queque é suficiente, mas dois é demais ... agora as fatias de bolo é vê-las desaparecer, uma a uma, com a desculpa que se estão a partir apenas pequenas lasquinhas.


Nesta receita de queques utilizei:

- 1 chávena de chá de farinha espelta
- 1 chávena de chá de farinha de arroz integral
- 1/2 chávena de chá de farinha de alfarroba
- 1 colher de sopa de fermento
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 1 colher de sopa de canela
- 1 colher de chá de extracto de baunilha
- 2 ovos
- 1 iogurte magro
- 1/2 chávena de leite magro

Comecei por misturar os ingredientes secos, adicionando depois os húmidos. A massa dos queques não deve ser muito batida na fase final, porque os fermentos começam logo a actuar e o facto de a mexermos muito vai reduzir o efeito destes. Neste caso a massa espessa foi colocada de imediato em formas de queques nas quais enterrei lascas de maçã bio com pele. As lacas devem ficar bem enterradas na massa caso contrário o efeito final não é muito bonito, porque acabam as mçãs por ficarem tombadas. Esteve no forno 15 minutos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Salada de quinoa e de espargos


Esta salada serviu de acompanhamento das anteriores courgettes. Para além de extremamente fácil de preparar permite obter no final um excelente aspecto visual o que também ajuda muito a apreciar um prato. Como os elogios foram muitos, penso que este Verão irei fazer muitas saladas de quinoa.

Comecei por cozer a quinoa em água, de acordo com as instruções da embalagem. Depois deixei arrefecer e escorrer num passador, embora esta operação fosse praticamente desnecessária porque a quinoa fica com pouquíssima água. À parte, cozi em água com muito pouco sal um molhe de espargos partidos aos troços. O tempo de cozedura foi de cerca de 3 a 5 minutos. Misturei a quinoa já fria com espargos (também frios), adicionei tomates cereja partidos ao meio e uma boa quantidade de manjericão picado. Não coloquei mais nenhum tempero! Estava óptima a salada.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gourgettes amarelas recheadas com farinheira da Guarda


As lindas courgettes amarelas que viram nas fotografias anteriores foram cortadas aos meio e recheadas com uma farinheira da Guarda. Estas farinheiras foram-me oferecidas por uma tia e confesso que durante algum tempo pensei que ela confundia farinheiras com alheiras. A verdade é que as ditas farinheiras não são nada parecidas, nem em aspecto nem em sabor com as que se encontram nos supermercados de Lisboa. Mas confesso que o sabor também não era de alheira. Consultando a internet descobri agora que são um produto com indicação geográfica protegida.

Uma única farinheira deu para rechear estas quatro metades de courgettes. Depois deitei por cima um fio de azeite e levei ao forno 30/40 minutos. De início coloquei um papel de alumínio em cima, por pensar que se poderiam queimar, mas acabei por o retirar e optar por polvilhar com um pouco de pão ralado. As courgettes foram acompanhadas com uma salada que fará parte da próxima entrada.