segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pizza de couves pak-choi

Uma rodela de massa estendida em cima de um tabuleiro pode ser o equivalente a uma tela para um pintor. Sabemos que existem alguns princípios básicos na preparação das superfícies a pintar. No caso das pizzas uma camada de molho de tomate bem distribuída por todo o espaço, na pintura existem também bases variáveis em função do tipo de tintas. Mas tanto num caso como noutro o que interessa é que depois se parta livremente à procura dos melhores efeitos, seja através das nuances de cor, seja pela procura de novas texturas. Neste caso, tive apenas uma condicionante, o resultado deveria ser uma pizza saudável, com pouca gordura saturada e muitos vegetais.

No final, aprecia-se com o olhar, absorvendo neste caso os contrastes de cores e a simetria, e comem-se, sem pecado enormes fatias de pizza, as quais foram cortadas em sítios estratégicos para ir ao encontro dos sabores que preferimos no momento. É a festa da cor num inverno chuvoso.

Para a massa utilizei:

- 250 g de farinha
-11 g de fermento de padeiro granulado (1 pacote)
- 2 dl de água morna
- 2 colheres de sopa de azeite
- sal refinado

Depois de tudo amassado deixei levedar cerca de 2 horas numa tigela de cerâmica coberta com um pano de cozinha. Ao fim desse tempo retirei a massa e com a ajuda de mais um pouco de farinha voltei a amassá-la e a transformá-la numa bola que depois deu origem ao círculo de massa que estendi em cima de papel vegetal no próprio tabuleiro do forno.

As couves pak-choi foram cortadas em quatro, no sentido longitudinal, lavadas muito bem e depois passadas em azeite e alho durante 5 minutos. Realizei o processo com cuidado para que se mantivessem inteiras. Por outro lado cortei abóbora em fatias finas, assim como pastinacas que coloquei no forno com azeite, vinagre balsâmico e sal. Deixei assar 20 minutos a 200º C.

No final, montei a pizza, colocando uma camada de molho de tomate a cobrir a superfície da massa e depois distribui os diversos vegetais. Sobre as pastinacas coloquei pedacinhos de queijo de cabra fresco Petit Billy, um queijo com pouca gordura e bastante sabor. Por último, polvilhei toda a pizza com um pouco de queijo emmental ralado. Levei ao forno cerca de 15 minutos. Tive um certo receio de a retirar do tabuleiro do forno por ser tão grande, motivo pelo qual foi à mesa desta forma.

6 comentários:

  1. Há, realmente, uma componente artística. Na cozinha, em geral, e nesta receita em particular. Que ficou linda! Obrigada por partilhar. Pelo texto que descreve uma festa de cor num domingo chuvoso. Uma bela maneira de o resgatar do cinzento.

    Beijo da Mar.

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  2. ja comia um bocadinho eainda por cima de legumes o que eu adoro gostei muito beijinhos

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  3. Olá, Mar
    Às vezes olho para o meu blogue e eu própria assusto-me com tanta cor. Parece que não tem nada a ver com a Fa, que se veste de forma sóbria. Mas deve ser a minha infância passada nos trópicos que me deixou com esta apetência para as cores vibrantes. bjs

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  4. Olá, Isa
    Obrigada pela sua visita. Tenho que ter cuidado com as gorduras, por isso invento pizzas com muitos vegetais. Estava muito boa! bjs

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  5. Quem pode dizer que Pizza é pecado? Basta ler e ver esta receita da Fa! Muito criativa. E sim, também acho que terá muito que ver para explicar a sua apetência pelas cores, as recordações da infância nos trópicos de que fala. Que bom ser assim!E que sorte para as suas leitoras!
    Beijinho

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  6. Olá, Lusitana
    Muito obrigada pelas simpáticas palavras que aqui deixou. A verdade é que quando abro o blogue num computador diferente, por vezes assusto-me com tanta cor. Outro dia ofereceram um livro de cozinha organizado pelas cores dos ingredientes, achei a ideia muito interessante porque acaba por ser uma forma de chamar a atenção para o valor nutricional que está ligado a esta característica física. bjs

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