A minha mãe sempre gostou muito de fatias douradas. Este ano quando pensei fazer este doce natalício imaginei que iria encontrar algures, num caderno de receitas, algumas anotações orientadoras. Procurei em vão. Não existia qualquer referência. Provavelmente por considerar uma receita banal, que preparava de forma intuitiva. Foi então que comecei a fazer um esforço para recordar os gestos que vi tanta vez fazer sem que prestasse muita atenção, porque não aprecio as referidas fatias douradas. Recordo-me que a receita era distinta do habitual e que a diferença se devia à introdução de claras em castelo. Depois foi uma questão de recriação, embora me tenha esquecido do último passo - a calda.
Comecei por retirar a côdea a um pão de forma especial, comprado na pastelaria já para este efeito. A diferença de outros é o facto de ser muito mais denso. A seguir cortei em fatias com cerca de 1 a 1.5 cms. À parte, coloquei leite a ferver com um pouco e açúcar, 1 casca de limão e 1 pau de canela. Por outro lado, bati 4 claras em castelo a que adicionei posteriormente as gemas. O processo seguinte foi simples. Mergulhar as fatias no leite e depois nas claras de modo a ficarem cobertas. Fritei em óleo e salpiquei com açúcar e canela (misturados).
No final, recordei-me que a minha mãe fazia uma calda de açúcar ligeira, aromatizada com canela e que passava as fatias neste líquido para ficarem mais húmidas.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Natal verde
Este ano a mesa de Natal vestiu-se de verde e de branco, a que se juntaram umas pinceladas de azul e as transparências dos cristais. A ideia surgiu no momento. Queria algo leve e etéreo. Já não consegui comprar umas velas a condizer, por isso mantive as que estavam nos castiçais. Na verdade também não gosto de velas novas. Prefiro as que já tenham sido usadas. É sinal que estamos a dar continuação a alguma coisa. Neste caso, a uma tradição que antes era cumpria pela minha mãe.
A ementa seguiu o habitual (para nós). Uma canja com frango desfiado, seguida de vol-au-vents de bacalhau e espargos com salada de alface. Depois aconteceram os doces. As empanadilhas de batata doce, rainhas do Natal. Preparadas durante a tarde pela tia O., chegaram à mesa numa enorme taça de vidro rosa. Para ela se esticavam os braços para retirar mais uma empanadilha. A estas, juntaram-se outras iguarias: fatias douradas, sonhos, bolo rei (normal e de chocolate), tarte de noz, etc..
Quanto ao dia de Natal a ementa também foi simples. A A. preparou uns rissóis de camarão com a receita do recheio da minha mãe. A estes seguiu-se uma perna de peru assado, acompanhado com muitos legumes - pastinacas no forno com molho béchamel e parmesão, batatas pequenas assadas com tomilho e alho, abóbora (potimarron) assada com alho e azeite e abacaxi assado com hortelã. Para sobremesa tivemos ainda uns crepes de farinha de milho preparados como se fossem crepes Susette mas sem álcool. Esta última iguaria foi da responsabilidade da tia O..
A ementa seguiu o habitual (para nós). Uma canja com frango desfiado, seguida de vol-au-vents de bacalhau e espargos com salada de alface. Depois aconteceram os doces. As empanadilhas de batata doce, rainhas do Natal. Preparadas durante a tarde pela tia O., chegaram à mesa numa enorme taça de vidro rosa. Para ela se esticavam os braços para retirar mais uma empanadilha. A estas, juntaram-se outras iguarias: fatias douradas, sonhos, bolo rei (normal e de chocolate), tarte de noz, etc..
Quanto ao dia de Natal a ementa também foi simples. A A. preparou uns rissóis de camarão com a receita do recheio da minha mãe. A estes seguiu-se uma perna de peru assado, acompanhado com muitos legumes - pastinacas no forno com molho béchamel e parmesão, batatas pequenas assadas com tomilho e alho, abóbora (potimarron) assada com alho e azeite e abacaxi assado com hortelã. Para sobremesa tivemos ainda uns crepes de farinha de milho preparados como se fossem crepes Susette mas sem álcool. Esta última iguaria foi da responsabilidade da tia O..
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Pêras assadas com creme de custard em duas versões
Esta é uma receita destinada a todos aqueles que por motivos de saúde não podem fazer grandes transgressões à dieta. Felizmente não é o meu caso, que ainda posso ser gulosa. Mas todos nós temos familiares a necessitarem de atenção especial nesta época.
Não vos posso indicar o nome desta variedade de pêras. Por vezes, aparecem com um lacre vermelho no caule. Distinguem-se das outras por serem muito volumosas. Estas eram nacionais e não tinham qualquer lacre. Prometo que para a próxima tomo atenção no nome das pêras. Desde que as experimentei assadas num restaurante comecei a comprá-las para esse efeito.
Assim, numa primeira versão foram assadas no forno num pirex que no fundo continha um pouco de água e um pau de canela. Por cima e cada pêra coloquei ainda um pouco de açúcar mascavado. Nesta primeira versão foram servidas com um creme de custard fluído, aromatizado de canela.
No dia seguinte resolvi experimentar novo visual. Retirei a pela às pêras que me tinham sobrado e cortei-as aos cubos que coloquei em recipientes individuais. Polvilhei com canela e salpiquei com passas sem grainha. Depois preparei um creme custard mais espesso que deitei por cima.
Não vos posso indicar o nome desta variedade de pêras. Por vezes, aparecem com um lacre vermelho no caule. Distinguem-se das outras por serem muito volumosas. Estas eram nacionais e não tinham qualquer lacre. Prometo que para a próxima tomo atenção no nome das pêras. Desde que as experimentei assadas num restaurante comecei a comprá-las para esse efeito.
Assim, numa primeira versão foram assadas no forno num pirex que no fundo continha um pouco de água e um pau de canela. Por cima e cada pêra coloquei ainda um pouco de açúcar mascavado. Nesta primeira versão foram servidas com um creme de custard fluído, aromatizado de canela.
No dia seguinte resolvi experimentar novo visual. Retirei a pela às pêras que me tinham sobrado e cortei-as aos cubos que coloquei em recipientes individuais. Polvilhei com canela e salpiquei com passas sem grainha. Depois preparei um creme custard mais espesso que deitei por cima.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Sopa de cebola
Um destes dias apeteceu comer sopa de cebola. Sonhei com o sabor a tradicional, mas com muito menos gordura. Assim surgiu esta sopa que recebeu aprovação.
A base foi feita a partir de 4 cebolas grandes, descascadas e cortadas às rodelas, 1/2 courgette sem pele e 2/3 de chávena de flocos de quinoa. Água, sal e para terminar 1 cubo de ervas da Provença (BRIO). Deixei ferver 30 minutos e depois transformei em puré. Na altura de servir coloquei umas lascas de queijo parmesão em cima.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Sopa alentejana de coentros
Sempre que visito em Madrid a minha amiga E. recorda-se de uma sopa que comeu em minha casa, numas férias, já há alguns anos. Essa sopa não é mais do que a açorda à alentejana, que eu também aprendi a apreciar quando vivi longe do Portugal. Onde, para ter coentros era preciso cultivá-los num vaso e o pão, com a consistência adequada, tinha de ser feito em casa. Lembro-me que eu fazia o pão e um amigo dos meus pais, engenheiro agrónomo, plantava os coentros. Quando estes cresciam e se podia fazer a sopa juntavam os amigos portugueses, também eles com saudades do sabor e aroma que se desprendem de um prato cheio desta sopa.
Em cada taça coloquei cerca de 1 colher de sopa de coentros picados, 1 alho picado (sem a parte central, que é mais indigesta) deitei 1 colher de sopa de azeite e coloquei 3 ou 4 fatias finas de pão do dia anterior (pão alentejano de preferência). Depois na água em que tinha cozido o bacalhau escalfei 1 ovo por cada taça. Este processo deve levar apenas 3 minutos. Neste caso, o conta minutos enganou-me e o ovo cozeu um pouco mais. Por último, coloquei os ovos nas taças (ou pratos) e deitei por cima a água de cozer o bacalhau.
Em cada taça coloquei cerca de 1 colher de sopa de coentros picados, 1 alho picado (sem a parte central, que é mais indigesta) deitei 1 colher de sopa de azeite e coloquei 3 ou 4 fatias finas de pão do dia anterior (pão alentejano de preferência). Depois na água em que tinha cozido o bacalhau escalfei 1 ovo por cada taça. Este processo deve levar apenas 3 minutos. Neste caso, o conta minutos enganou-me e o ovo cozeu um pouco mais. Por último, coloquei os ovos nas taças (ou pratos) e deitei por cima a água de cozer o bacalhau.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Bacalhau no forno com puré de abóbora e queijo parmesão
Acho que é a segunda vez que faço uma receita deste género. Algures, numa entrada anterior, existe um prato de bacalhau semelhante. Não garanto que seja exactamente igual, mas julgo ser muito parecido.
Comecei por fazer um puré com batata e abóbora potimarron (hokaido), numa percentagem de 50% de cada um dos ingredientes. Temperei o puré com um pouco de leite. A quantidade deve ser reduzida uma vez que a abóbora já tem bastante humidade. Adicionei 1/2 pacote de parmesão ralado e noz moscada também ralada no momento. Rectifiquei depois o sal.
À parte, fiz um refogado de azeite e cebola (3 grandes) às rodelas a que adicionei 1 folha de louro. Deixei a cebola começar a alourar e nessa altura adicionei o bacalhau cozido, separado previamente em lascas. Deixei ao lume (brando) mais dois minutos para tomar gosto.
Depois montei o tabuleiro de ir ao forno, colocando uma pequena camada de puré no fundo, a seguir o bacalhau e por último uma boa camada de puré. Alisei com uma colher e pincelei com gema de ovo. Foi depois ao forno apenas para tostar um pouco.
Comecei por fazer um puré com batata e abóbora potimarron (hokaido), numa percentagem de 50% de cada um dos ingredientes. Temperei o puré com um pouco de leite. A quantidade deve ser reduzida uma vez que a abóbora já tem bastante humidade. Adicionei 1/2 pacote de parmesão ralado e noz moscada também ralada no momento. Rectifiquei depois o sal.
À parte, fiz um refogado de azeite e cebola (3 grandes) às rodelas a que adicionei 1 folha de louro. Deixei a cebola começar a alourar e nessa altura adicionei o bacalhau cozido, separado previamente em lascas. Deixei ao lume (brando) mais dois minutos para tomar gosto.
Depois montei o tabuleiro de ir ao forno, colocando uma pequena camada de puré no fundo, a seguir o bacalhau e por último uma boa camada de puré. Alisei com uma colher e pincelei com gema de ovo. Foi depois ao forno apenas para tostar um pouco.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Bochechas de porco em dois momentos
Às vezes, há momentos de inspiração que apuram os sabores e as cores. Foi o que aconteceu com esta receita. Chamo-lhe em dois momentos, porque na fase existiram duas fases distintas. A primeira na forma de estufado e a segunda na de assado.
Comecei por refogar em azeite 2 cebolas picadas a que juntei depois 1 alho em lascas e 1 folha de louro. Dentro deste refogado coloquei as bochechas de porco, virando-as até estarem seladas. Acrescentei a seguir 1/2 l de vinho branco, 1 colher de sopa de massa de pimentão, sal, 2 cenouras às rodelas e folhas de tomilho fresco. Deixei estufar durante 30 minutos.
Por último, coloquei num prato de ir ao forno, rodeadas (as bochechas) com batas pequenas previamente cozidas. Deixei estar no forno cerca de 15 a 20 minutos. Nota: reguei as batas com o molho.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Carpaccio de beterraba com roquefort
Às vezes, apetece fazer um pouco mais. Preparar uma entrada para o jantar que se deseja mais demorado, com direito a vela e a sobremesa. A inspiração, neste caso, veio de um dos últimos números da Saveur (francesa).
Cortei uma beterraba crua (bio) em fatias muito finas com a faca de cerâmica. Coloquei as fatias em pratos individuais. Por cima coloquei pedacinhos de queijo roquefort e nozes. Temperei com azeite e vinagre balsâmico. Ficou uma mistura agradável que será repetia um dia destes. Infelizmente as fotografias ficaram um pouco escuras.
Cortei uma beterraba crua (bio) em fatias muito finas com a faca de cerâmica. Coloquei as fatias em pratos individuais. Por cima coloquei pedacinhos de queijo roquefort e nozes. Temperei com azeite e vinagre balsâmico. Ficou uma mistura agradável que será repetia um dia destes. Infelizmente as fotografias ficaram um pouco escuras.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Creme de couve-flor com abóbora e agriões
Sinto que este inverno preciso de variar o meu receituário de sopas. Já estou cansada do creme de cogumelos e do creme de brócolos com gengibre, que tantas vezes fiz o ano passado. Ando, por isso, a tentar encontrar novos sabores. Foi assim que surgiu esta sopa.
Na sua preparação utilizei uma couve-flor média, cortada em raminhos, 1/3 da quantidade de couve-flor em abóbora potimarron, 1/2 colher de chá de cominhos, 1 cubo de ervas da Provença, sal, água. Deixei ferver 30 minutos e depois reduzi a puré. A seguir, coloquei os agriões e deixei ferver mais 15 minutos.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Há sempre bacalhau
Acho que em casa de um português há sempre bacalhau pronto a ser utilizado. No meu caso, sinto-me sempre reconfortada pelo simples facto de saber que ele aguarda as minhas decisões, arrumado em sacos de plástico no congelador, depois de ter sido devidamente dessalado. Costumo colocar duas postas por saco para uma melhor gestão, mas desta vez foram umas mãos mais apressadas que fizeram a divisão e os sacos tinham várias postas. Facto que alterou os meus planos. Comecei por pensar em cozê-lo e depois aproveitar os restos para um prato de bacalhau no forno. Contudo, ponderei no tempo que isto implicaria e resolvi seguir outro caminho. Opções de preguiçosa! A mudança e planos correu bem e fiquei orgulhosa do resultado final.
Num prato grande de ir ao forno coloquei no centro as postas do bacalhau ligeiramente sobrepostas. Envolvi-as em rodelas de cebola roxa, alhos esmagados e 2 folhas de louro. À volta coloquei batatas já cozidas com pele. Reguei tudo com uma abundante quantidade de azeite e levei ao forno durante 40 minutos a 180ºC. Durante esse período reguei várias vezes o bacalhau e as batatas com o azeite.
Num prato grande de ir ao forno coloquei no centro as postas do bacalhau ligeiramente sobrepostas. Envolvi-as em rodelas de cebola roxa, alhos esmagados e 2 folhas de louro. À volta coloquei batatas já cozidas com pele. Reguei tudo com uma abundante quantidade de azeite e levei ao forno durante 40 minutos a 180ºC. Durante esse período reguei várias vezes o bacalhau e as batatas com o azeite.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Nuggets em versão Babette
Apesar de não ter deixado nenhum comentário no blogue da Babette, quando ela apresentou esta receita, a verdade decidi que a tinha de experimentar nos próximos. Assim aconteceu. Foi só o tempo de comprar os cornflakes. Tarefa na qual tive uma ajuda. O resto já existia em casa.
A única alteração foi o molho. No meu caso utilizei uma mistura de iogurte com hortelã picada com um leve tempero de sal.
A única alteração foi o molho. No meu caso utilizei uma mistura de iogurte com hortelã picada com um leve tempero de sal.
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