
Este ano a mesa de Natal vestiu-se de verde e de branco, a que se juntaram umas pinceladas de azul e as
transparências dos cristais. A ideia surgiu no momento. Queria algo leve e etéreo. Já não consegui comprar umas velas a condizer, por isso mantive as que estavam nos castiçais. Na verdade também não gosto de velas novas. Prefiro as que já tenham sido usadas. É sinal que
estamos a dar continuação a alguma coisa. Neste caso, a uma tradição que antes era cumpria pela minha mãe.


A ementa seguiu o habitual (para nós). Uma canja com frango desfiado, seguida de
vol-au-vents de bacalhau e espargos com salada de alface. Depois aconteceram os doces. As
empanadilhas de batata doce, rainhas do Natal. Preparadas durante a tarde pela tia O., chegaram à mesa numa enorme taça de vidro rosa. Para ela se esticavam os braços para retirar mais uma
empanadilha. A estas, juntaram-se outras iguarias: fatias douradas, sonhos, bolo rei (normal e de chocolate), tarte de noz, etc..
Quanto ao dia de Natal a ementa também foi simples. A A. preparou uns rissóis de camarão com a receita do recheio da minha mãe. A estes seguiu-se uma perna de peru assado, acompanhado com muitos legumes -
pastinacas no forno com molho
béchamel e
parmesão, batatas pequenas assadas com tomilho e alho, abóbora (
potimarron) assada com alho e azeite e abacaxi assado com hortelã. Para sobremesa tivemos ainda uns crepes de farinha de milho preparados como se fossem crepes
Susette mas sem álcool. Esta última iguaria foi da responsabilidade da tia O..