quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um jantar no "Tomo"

Já há uns tempos que pensamos ir ao "Tomo". Um restaurante japonês que em 2011 começou a aparecer nos guias, como uma referência nesta área. Por coincidência até fica perto da nossa casa. Acontece é que à hora de tomar uma decisão esquecíamos sempre esta hipótese/desejo. Ontem, isso não aconteceu. Talvez por ser dia de comemoração e acharmos que estávamos a necessitar de um jantar agradável, devidamente planeado. Assim, logo de manhã, enquanto tomávamos o pequeno almoço decidimos que iríamos jantar no "Tomo".

Começámos por duas pequenas entradas. Uma salada de cabeça de goraz desfiado com pepino e um polvo num molho agridoce, cujo tipo de cozedura não consegui descobrir. Ambas as entradas com sabor excelente a fazer prever o que se seguiria. Depois optou-se por uma tempura. Um valor seguro para o nosso paladar ocidental, aliás receita de influência portuguesa. Admirei a qualidade da preparação. Os legumes e os camarões estavam estaladiços e sem gordura. Quando me lembrei de fotograr já tínhamos comido mais de metade da dose, que foi servida num pequeno cesto de palha.


Seguiu-se o prato principal. Um fondue japonês com a célebre carne de vaquinhas massajadas e alimentadas com cerveja. Começou por chegar à mesa um prato redondo com fatias de carne finas e diversos legumes, assim como quadrados de tofu. Depois trouxeram-nos um pequeno fogão onde por cima colocaram uma panela baixa em ferro.



O ritual teve início com a colocação de alguns pedacinhos de carne no fundo do recipiente a que se juntaram os legumes. Foram sendo virados para cozerem de ambos os lados. A certa altura foi adicionado parte do molho que tinha chegado à mesa num jarro grande. A partir daí ficámos por nossa conta, com a indicação que os cubos de soja só deveriam ser comidos no final, depois de terem impregnado todo o sabor, e, que o molho deveria ser adicionado gradualmente assim como o resto dos ingredientes. Também nos trouxeram uma taça com um ovo (gema e clara misturadas) para mergulharmos a carne e os legumes quando os tirássemos da panela, antes de os comermos. Primeiro olhámos com ar céptico para a taça, mas depois aderimos completamente.

Posso dizer-lhes que desta mistura resultaram sabores muito agradáveis que se foram acentuando à medida que acrescentávamos o molho e que este evaporava. Um prato forte a exigir tempo e disponibilidade para aproveitar esta experiência gustativa tão rica.

Para terminar a refeição optei por um gelado de chá verde com feijão doce. Muito agradável pela mistura de texturas e pelo facto de ter pouco açúcar.


2 comentários:

  1. Confesso que indo ao Japonês fico parada no sushi e sashimi, as minhas duas predilecções. Ainda não consegui ultrapassar esta estapa pois há sempre muito para degustar...
    Mas adoro as sobremesas de pasta de feijão, incusivé umas bolinhas de sésamo recheadas com a ela :)

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  2. Olá Ondina,

    Também adoro as sobremesas com feijão, inclusivé o gelado.

    bjs

    Fa

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