O meu folar preferido é sem dúvida o de Vale de Ílhavo. Habituei-me ao seu sabor inconfundível quando ainda era criança, em casa dos meus avós paternos. A minha mãe também adorava estes folares e comprava-os sempre que ia a Ílhavo. Desta vez ele chegou até mim pelas mãos da tia Ró, que o faz em casa com farinha artesanal e ovos caseiros. A tradição é seguida a preceito, por isso as folhas de couve galega na base.
Da receita, que permite fazer dois folares grandes, constam:
2 kg de farinha tipo T65
10 ovos inteiros
1/2 colher de chá de canela
1 pitada de sal
125 g de manteiga
900 g de açúcar
2 pacotinhos de fermento de padeiro (50 g)
Começar por colocar ao lume um púcaro com com água até deixar amornar. A seguir dilui-se o fermento nesta água. Junta-se um pouco de farinha que se retira dos 2kg, assim como 1 ovo batido (Também retirado do total). Junta-se mais um pouco de farinha uma bolinha de massa. Deixa-se levedar até dobrar de volume.
À parte, derrete-se a manteiga com o sal e junta-se cerca de 1 dl de água morna. Coloca-se a farinha no alguidar, retirando uma porção para ajudar a amassar. Faz-se um buraco ao meio e deita-se o açúcar e os ovos. Começa-se a juntar o fermento. Este deve ser um processo de incorporação lento. No final, a massa não deve pegar nas mãos, mas também não deve ficar muito rija. Faz-se uma bola e sobre ela uma cruz com as mãos, referindo em simultâneo a seguinte ladainha: " Deus te acrescente que és para muita gente". Tapa-se o alguidar com um pano de algodão, enrola-se numa manta e coloca-se uma botija de água quente em cima e outra em baixo. Fica assim 4 horas.
Findo este tempo a massa estará pronta para se formarem os folares, 2 grandes ou 3 pequenos. Se quiser um folar com ovos deverá cozê-los com cascas de cebola para ganharem cor. Forra-se o tabuleiro do forno com papel vegetal e por cima colocam-se as folhas de couve galega espalmadas. Formam-se as bolas e 3 correntes de massa. Uma a que se dará o formato de um círculo e que se colocará em cima. Dentro deste círculo colocam os ovos e sobre estes as outras duas correntes cruzadas como mostra a fotografia.
O forno deverá ser aquecido primeiro a 250ºC e depois baixado para 180ºC. Por sua vez o folar deve ser colocado numa das últimas prateleiras do forno de modo a simular o efeito do forno a lenha onde tradicionalmente são cozidos. Durante o processo de cozedura verifica-se a temperatura do forno. Pode eventualmente ser necessário colocar um papel de alumínio em cima. Também importa referir que quando se colocam ovos por cima é natural que a parte de baixo fique húmida, mas será igualmente agradável.
agora é que sao elas é que eu tb gosto muito desse folar pois nao sou de muito longe dai e a minha avo tb fazia assim com a couve obrigada pois voltei o tempo a traz bjs
ResponderEliminarOlá Isa,
ResponderEliminarCompreendo-a muito bem. Só hoje é que acabei o folar ao pequeno almoço. Isto porque ele era enorme. Nem sempre é fácil de os encontrar à venda. Normalmente são as minhas tias de Ilhavo que os arranjam, ou fazem, como neste caso.
bjs
Fa
Como todas têm razão, eu também adoro o folar de Vale de Ílhavo (claro que sou de Ílhavo!) mas há um em especial que me tira do sério!
ResponderEliminarBjs
Olá Isa,
ResponderEliminarEu não nasci nem nunca vivi em Ílhavo, mas toda a minha família do lado paterno está lá, por isso sempre tive uma ligação forte. Provavelmente conhecerá a família Amador. O meu pai foi o único que saiu de Ílhavo e fez a sua a sua vida fora.
Adoro as padas de Vale de Ílhavo. Porém, cada vez são mais difíceis de encontrar as genuínas. Há umas imitações. Também recordo o arroz doce da minha avó e as travessa de aletria.
bjs
Fa
Pois eu não sou de Ílhavo mas andei embarcado com muitos filhos de Ílhavo.Recordo especialmente um cozinheiro,o Ti´Luis Ruívo que me fazia o favor de me levar para bordo estes fabulosos folares assim como as célebres Padas de Vale de Ílhavo.Nunca mais me passaram pelas goelas.
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