Há livros que nos fazem pensar na forma como lidamos com os alimentos, processo central de todo o acto de cozinhar. Este pequeno livro - Instruções para o cozinheiro zen, de um monge japonês, Eihei Dogen, que viveu no século XIII, ajuda a reflectir sobre o que é para nós cozinhar no século XXI. A procura do exótico, do espectáculo no prato, de sabores concentrados, das ligações inesperadas de texturas e de paladares, ... talvez seja tudo isso ao mesmo tempo. Mas o que para mim distingue os bons cozinheiros é o facto de respeitarem os ingredientes. A forma cautelosa como preparam os alimentos. Os ritmos lentos que assumem indiciam reflexão na própria acção. A forma como observam o resultado, com um olhar concentrado no objecto em causa. Tal como o monge que escolhia o arroz de forma meticulosa, para que não lhe escapasse um grão de areia, sendo esta uma tarefa com significado e não uma fase entediante de um processo. Hoje, vou tentar interiorizar este espírito zen para preparar um prato de salmão que aqui deixarei registo numa próxima entrada.
o segredo talvez esteja mesmo em aproveitar cada sabor e respeitar o mais simples dos ingredientes! :)
ResponderEliminarUm texto lindo, que realca as pequenas coisas que aparentemente sem grande significado fazem toda a diferenca no final. O prazer dos pequenos gestos e a grandeza do resutado!
ResponderEliminar(estou num computador sem cedilhas...)
Babette
Olá, "Purple"
ResponderEliminarConcordo totalmente consigo. Boa Páscoa.
bjs
Olá, Babette
ResponderEliminarComo já se apercebeu ando numa fase zen. Necessito poupar algumas eenergias!
Boa Páscoa
bjs