terça-feira, 18 de maio de 2010

Pato assado

Embora goste bastante de arroz de pato nunca me recordo de o ter feito em casa. Penso que já em tempos tinha comprado um pato, mas também não me lembro do destino que lhe dei. Por isso, esta compra saiu um pouco do que são as minhas opções normais, quando vou ao talho ou ao supermercado. Pensei apenas em mudar um pouco de sabor, alternando-o com a habitual carne de frango, peru e coelho. Porém, lembrei-me bastante da minha mãe e dei-lhe razão quando ela se queixava que dava muito trabalho a preparar. Primeiro são os restos das penas que é necessário retirar com uma pinça, depois o excesso de gordura que é preciso cortar, e, por último, ainda temos um animal que nos fornece muito pouca carne. Enfim! Não sei se depois desta experiência voltarei a comprar outro pato, pelo menos enquanto me lembrar deste. Apesar de todas estas minhas lamúrias, quem o comeu até gostou, por isso resolvi coloca-lo neste espaço.

Chega agora o momento de referir as torturas porque passou o animal (e a cozinheira) até ele ficar com este bronzeado, com que surge na fotografia. Comecei por retirar mais umas gorduras, para além das que já tinham sido retiradas no talho. Depois passei à fase da "pinça", pensando que seria capaz de depilar o animal na perfeição. Rapidamente me apercebi que era um objectivo irrealista e desisti. Preferi chamusca-lo um pouco. A seguir decidi utilizar uma técnica cuja descrição encontrei num livro de cozinha. Enchi um wok com água a ferver, até 2/3 de altura, e sujeitando a ave por uma mão deitei sobre ela conchas de água quente. Isto deveria permitir que os poros ficassem fechados e a pele preparada para ser assada, formando no final uma crosta.

Numa assadeira coloquei 4 cenouras grandes (peladas) e sobre elas o pato, atado com um cordel para ficar mais "elegante". Deixei assar 15 minutos a 250º C e mais 20 minutos a 200º C. De seguida comecei a pincela-lo com uma mistura feita com molho de soja, vinagre balsâmico e mel. De 10 em 10 minutos tirava o pato para fora, virava-o e pincelava a pele exterior. É importante referir que a meio do processo foi necessário escorrer a gordura que se tinha formado na assadeira, por ser em excesso. Ao todo talvez tenha levado cerca de 1 hora e meia no forno, isto porque eu tenho sempre medo que as aves não fiquem bem assadas.

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